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Apenas 1% dos juízes brasileiros terá direito ao auxílio-moradia, diz CNJ

De acordo com o levantamento do CNJ, 180 juízes, entre os membros da ativa, devem receber o benefício

Dias Toffoli, presidente do CNJ e do STF: poucos juízes terão direito ao auxílio-moradia (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 12h22.

Brasília — Levantamento preliminar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que, com as novas regras do pagamento do auxílio-moradia para juízes, cerca de 1% da magistratura terá direito a receber o benefício, entre os membros da ativa, o que corresponde a cerca de 180 juízes.

Segundo a nova resolução aprovada hoje pelo CNJ, o valor do auxílio-moradia só será repassado a magistrados que forem atuar fora da comarca de origem, que não tenham casa própria no novo local, nem residência oficial à disposição.

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O pagamento se dará exclusivamente para ressarcimento de despesas, mediante comprovante de gastos. Como os conselheiros já tinham recebido anteriormente a minuta votada, a deliberação foi rápida, demorando menos de um minuto.

A resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2019. Dados da Consultoria de Orçamento, Fiscalização e Controle do Senado apontaram que o Judiciário custeou em 2017 cerca de R$ 291 milhões em auxílio-moradia e o Ministério Público, R$ 108 milhões.

O novo texto define que a resolução produzirá efeitos até a edição de resolução conjunta com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), "que harmonize as disposições legais vigentes sob o princípio constitucional da simetria".

Em relação a minuta inicialmente editada, foi retirado o artigo que previa a "natureza temporária" do benefício. O trecho, no entanto, não estipulava por quanto tempo o auxílio seria pago.

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