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Governo diz que 'se manterá vigilante na defesa da imagem do país' após boicote do Carrefour

Após declaração do CEO global sobre carne brasileira, grupo francês publicou nova carta em que diz que vai continuar a comprar a commoditie

ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Henrique Fávaro (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Agência o Globo
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Publicado em 27 de novembro de 2024 às 06h40.

Última atualização em 27 de novembro de 2024 às 06h45.

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O Itamaraty e o Ministério da Agricultura divulgaram nota conjunta na noite desta terça-feira no qual afirm que "o governo brasileiro se manterá vigilante na defesa da imagem do país e da sua produção, em coordenação com o setor privado". O texto é uma resposta à publicação do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, na semana passada, e a retratação feita hoje. A publicação anunciando que a rede francesa deixaria de comprar carne do Mercosul abriu uma crise com diplomática, com boicote de produtos brasileiros ao supermercado no Brasil.

"O Brasil ressalta a importância da parceria estratégica, dos fluxos de comércio e dos laços históricos que mantém com o continente europeu de maneira geral e com a França em particular. Não obstante, voltará a reagir com firmeza contra qualquer nova campanha que tenha como alvo a imagem de produtos brasileiros, em especial do agronegócio, cujos padrões de excelência ao longo de toda a cadeia produtiva são reconhecidos em todo o mundo", afirma o governo.

A nota diz que diz que a condição de protagonista do Brasil no mercado global de alimentos foi "conquistada com produtos competitivos, sustentáveis e, sobretudo, de alta qualidade e rigor sanitário, é resultado do trabalho de várias gerações de brasileiras e brasileiros". Lembra que a produção brasileira se antecipa a controles sanitários de mais de 160 países, incluindo os rigorosos controles da União Europeia.

Carrefour da França e carne do Mercosul: entenda o que está por trás do boicote

"A produção brasileira também superará, como superou no passado, as atuais manifestações protecionistas baseadas em campanhas generalizadas sem qualquer base nos fatos e no sistemático ataque à imagem de produtos concorrentes", afirma.

"O governo brasileiro espera que as empresas que anunciaram boicotes a produtos brasileiros revertam essas decisões infundadas e que todos os atores que tenham contribuído para essa campanha de desinformação tenham presentes as consequências negativas de seus atos e levem em conta o grave impacto que poderão ter para as suas relações com o Brasil, que devem permanecer mutuamente benéficas e sempre pautadas pelo respeito e pela lealdade", diz a nota.

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