EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313

Cooperativa investe mais de R$ 1 milhão em usina fotovoltaica para flores

Após período complicado devido à pandemia, o setor da floricultura retomou o fôlego e está em busca de investimentos para expansão

Cooperativa Veilling Holambra possui quatro usinas fotovoltaicas, somando mais
de 3 mil painéis solares (Veilling Holambra/Divulgação)

Cooperativa Veilling Holambra possui quatro usinas fotovoltaicas, somando mais de 3 mil painéis solares (Veilling Holambra/Divulgação)

Mariana Grilli
Mariana Grilli

Repórter de Agro

Publicado em 3 de julho de 2023 às 09h55.

Oitavo maior gerador de energia solar do mundo, o Brasil tem visto os investimentos em usinas fotovoltaicas ganharem proporção no campo. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), há dois milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados e terrenos no país, incluindo as áreas rurais. 

Segundo a Absolar, foram investidos R$ 111 bilhões no segmento desde 2012. Em 2022, foi a vez da Cooperativa Veiling Holambra aportar R$ 1,6 milhão na instalação da usina, assim chegando a quatro pátios fotovoltaicos, compostos por mais de três mil painéis solares.

Leia também: 10 empresárias rurais que você precisa conhecer

A operação da Veiling exige, em média, 900 megawatt-hora (MWh). Até então, as usinas geram, em média, 180 Mwh, volume suficiente para suprir apenas 20% da demanda energética. Hoje, a empresa conta com 167 mil m² de área construída, sendo 70% dela climatizada devido aos produtos perecíveis, além dos oito mil m² de câmara fria, que são usadas para armazenagem adequada para garantir sua conservação.

De acordo com Jorge Possato Teixeira, CEO da Cooperativa Veiling Holambra, o Plano Estratégico da Cooperativa projeta que, até 2025, 90% da geração de energia consumida seja proveniente das usinas fotovoltaicas. “O fato de aumentarmos nossa capacidade de geração de energia fotovoltaica vai resultar
em diminuição nos custos operacionais já que temos um consumo relevante em virtude de nossa refrigeração”, diz.

Investimentos na floricultura

Após um período complicado entre 2020 e 2022, devido à pandemia, o setor da floricultura retomou o fôlego e está em busca de investimentos para expansão. Maior produtor de flores e plantas ornamentais do Brasil, o governo de São Paulo disponibilizou, no primeiro semestre desse ano, R$ 50 milhões para financiamento à modernização e renovação do cultivo de flores e plantas ornamentais.

"Para este setor, nós temos uma linha de financiamento que atendem às necessidades do produtor que é o Projeto Desenvolvimento Rural Paulista, do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista", diz Francisco Martins, responsável pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão ligado à Secretaria de Agricultura do estado.

Leia também: Censo 2022: os 11 estados com mais cabeças de gado do que pessoas

O financiamento ao produtor tem encargo de 3% ao ano e pode ser contratado a partir de R$ 300 mil, quando destinado a pessoa física, até R$ 800 mil, se voltado para cooperativas e associação de produtores rurais. Os valores podem ser utilizados, por exemplo, para painéis solares, sistemas de irrigação e estruturas para estufa e hidroponia.

De acordo com o último balanço realizado pelo Instituto Brasileiro de Flor (IBRAFLOR), em 2021, a cadeia produtiva de floricultura paulista movimentou cerca de 4,3 bilhões de reais e gerando mais de 125 mil empregos diretos e indiretos.

Acompanhe tudo sobre:CooperativasEnergia solar

Mais de EXAME Agro

IA e PPPs: as estratégias de Goiás, Mato Grosso do Sul e Piauí para ampliar o agro

Cana-de-açúcar: preço alto e clima adverso pressionam produtividade e investimentos

SAF no Brasil será para exportação e Paulínia deve ser grande hub, diz CEO da Cosan Investimentos

Logística inteligente é essencial para superar desafios climáticos no agronegócio, dizem executivos