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Sementes para plantio (Getty Images/Getty Images)
Repórter de Agro
Publicado em 6 de julho de 2023 às 20h09.
Última atualização em 6 de julho de 2023 às 20h37.
Mesmo valor oferecido para a safra 2021/2022, a Caixa anunciou nesta quinta-feira, 6, a quantia de R$ 35 bilhões para o Plano Safra 2023/2024, com foco em agricultores familiares, pequenos e médios produtores, além de agroindústrias e cooperativas.
O Plano Safra 2023/2024 foi lançado pela BNDES e o Ministério da Agricultura no dia 27 de junho, cujo montante é R$ 364,22 bilhões e juros de 7% a 12,5% ao ano. Como de costume no setor, os recursos serão divididos entre linhas para custeio, investimento, comercialização e industrialização.
O anúncio do Plano Safra 2022/2023 ficou marcado, no ano passado, pelo cancelamento da coletiva de imprensa após denúncias contra o presidente do banco na época, Pedro Duarte Guimarães. Neste ano, o valor foi menor, de R$ 32 bilhões.
No comunicado emitido pela Caixa, não há informação sobre qual seria o montante a ser oferecido com recursos do Governo Federal para equalização de juros, e qual o valor destinado para recursos livres. Em 2021/2022, o montante contemplava R$ 7 bilhões em recursos subvencionados e R$ 28 bilhões com taxas praticadas pelo banco.
A linha de custeio serve para cobrir despesas da produção, como a compra de insumos, sementes, fertilizantes, defensivos, entre outros itens necessário para o princípio da safra. O investimento é voltado, por exemplo, para a aquisição de infraestrutura para armazenagem. Para a comercialização, produtores terão taxas pré e pós-fixadas a partir de 12% ao ano.
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"O crédito de industrialização visa disponibilizar recursos às cooperativas ou agroindústrias para o financiamento das despesas inerentes ao processo de industrialização ou beneficiamento de produtos agropecuários", informa a Caixa em nota.
Diante da frequência de intempéries climáticas em todo Brasil, o banco também disponibiliza o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, do governo federal. Em caso de eventos climáticos extremos ou a incidência de pragas e doenças sem controle, o programa visa isentar o produtor rural das obrigações financeiras relativas aos financiamentos rurais de custeio.
Se comprovado o prejuízo na lavoura, pequenos e médios produtores podem recorrer a este recurso obrigatório, no valor de até R$ 335 mil.