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Arroz importado pelo governo chegará ao Brasil até setembro, afirma presidente da Conab

Governo federal comprará 300 mil toneladas no próximo dia 6 de junho

(Edwin Remsberg/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 29 de maio de 2024 às 20h39.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou, nesta quarta-feira, que o arroz que será importado pela empresa, para evitar altas de preços e desabastecimento causados pelas cheias no Rio Grande do Sul , chegará às gôndolas dos supermercados até setembro deste ano. Pretto afirmou que o leilão será realizado às 9h do próximo dia 6 de junho.

Na noite da última terça-feira, o governo federal publicou uma portaria que autoriza a importação, pela Conab, de 300 mil toneladas de arroz. O ato dá o aval para que até R$ 1,7 bilhão seja direcionado para a compra do alimento.

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A portaria estabelece que "o preço de venda final ao consumidor final será de R$ 4,00 por quilograma de arroz" e que a Conab "deverá estabelecer o limite máximo de venda por comprador e por consumidor”.

Recentemente, o governo federal suspendeu o leilão que a Conab iria fazer, devido a aumentos considerados excessivos pelos países do Mercosul. Por causa disso, o Imposto de Importação do produto foi zerado, para que as compras sejam feitas de fornecedores de dentro e fora do bloco.

— Temos uma grande procura por informações tanto no Mercosul, como de outros países — disxsee Pretto.

Embora o presidente da Conab não tenha citado nominalmente algum país, interlocutores do governo citam como exemplo nações asiáticas produtoras de arroz, como a Tailândia, como possível origem da compra. Edegar Pretto assegurou que o produto chegará ao Brasil com todas as certificações sanitárias exigidas.

— Estamos enfrentando a desinformação de que o produto chegará contaminado. Isso não é verdade. Os consumidores podem ficar tranquilos — disse.

— Quando começaram as chuvas, correu a notícia falsa de que faltaria arroz — lembrou o presidente da estatal.

Pretto justificou a colocação da logomarca do governo federal nas embalagens do produto. Argumentou que a operação da Conab será feita com dinheiro público e que, por isso, é preciso garantir a qualidade e evitar atravessadores, mesmo porque o preço será tabelado.

— Será uma compra excepcional e momentânea — frisou.

Atingido por enchentes em grande parte dos municípios, o Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 70% da produção nacional. Boa parte da safra já havia sido colhida antes das chuvas, mas há perdas na estocagem e dificuldades para escoar o produto para o restante do país. A Conab estima que, por baixo, houve perdas em torno de 600 mil toneladas.

De acordo com o titular da estatal, o governo federal está retomando a política de estoques reguladores, que servem para intervir no mercado tanto para reduzir, como para tornar o preço do produto mais vantajoso para o agricultor. A medida começou a ser tomada com o milho no ano passado, agora com o arroz e, em seguida, outros itens.

— Recebemos do governo anterior boa parte das políticas desmontadas ou diminuídas. Foram desmobilizados 27 armazéns da Conab — afirmou.

Pretto disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com a oferta de alimentos, ao mesmo tempo em que defende o combate à fome no mundo. Ele afirmou que serão anunciadas medidas, no Plano Safra, para estimular o aumento da produção no Brasil.

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