Yahoo! revela pedidos que recebeu sobre dados de usuários
Os dados do Yahoo! se centram nos países onde a empresa tem uma filial e pode ser obrigada pelas leis nacionais a facilitar informação
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2013 às 20h10.
Los Angeles - O Yahoo! publicou nesta sexta-feira seu primeiro relatório de transparência global no qual revelou os pedidos realizados por 17 governos nacionais durante o primeiro semestre do ano sobre dados confidenciais de seus usuários.
O documento é similar ao apresentado pelo Facebook no último dia 27 de agosto e tenta lançar luz sobre a espionagem na rede revelada pelos vazamentos do ex-técnico da CIA e ex-assessor da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden.
Os dados do Yahoo! se centram nos países onde a empresa tem uma filial e pode ser obrigada pelas leis nacionais a facilitar informação.
'Nosso departamento legal exige que as solicitações de dados provenientes de governos sejam feitas por meios e propósitos acordes com a legalidade', informou a empresa.
Entre os dias 1º de janeiro e 30 de junho de 2013, o Yahoo! computou quase 30 mil pedidos de 17 países nos quais se requereu informação de mais de 62 mil contas de usuários.
Os EUA realizaram quase metade dos pedidos que afetavam mais de 40 mil contas, 64% do total. Brasil, Argentina, Espanha e México também aparecem na lista, mas em nenhum dos casos passaram do patamar de mil solicitações.
Em termos absolutos, depois dos EUA ficaram Alemanha, Itália, Taiwan, França e Reino Unido.
O Yahoo! rejeitou apenas 2% dos pedidos feitos pelos EUA, 17% no caso brasileiro, 19% no argentino, 18% no espanhol e 25% no mexicano.
A maior parte das vezes Yahoo! entregou às autoridades nacionais dados como o nome do usuário da conta, sua localização, endereço IP, e-mail alternativo e os contatos com quem trocaram mensagens.
Em algumas ocasiões a empresa permitiu que as autoridades conhecessem conteúdos de e-mails ou mensagens no Messenger, fotos no Flickr, arquivos carregados em seus servidores, eventos no calendário e qualquer outro elemento criado em seus sistemas pelo usuário.
O Yahoo! garantiu que a partir de agora publicará um relatório similar a cada seis meses.
Com esta decisão a empresa tenta recuperar parte da credibilidade que ficou em dúvida após as revelações de Snowden nas quais descreve uma colaboração das companhias do setor tecnológico dos EUA com os serviços de inteligência do país.
Junto com Yahoo! foram afetadas empresas como Google, Microsoft e Facebook, que tomaram ações para limpar sua imagem e requereram às autoridades dos EUA que lhes deem sinal verde para publicar dados mais específicos sobre sua cooperação.
Um artigo publicado ontem pelos meios com acesso à documentação de Snowden, entre eles 'The New York Times', detalhou uma conspiração que a NSA teria orquestrado para deliberadamente promover sistemas de segurança na internet que fossem vulneráveis a sua tecnologia para decodificar mensagens a fim de facilitar sua espionagem.
O Yahoo! negou hoje qualquer envolvimento com estes fatos, que representaria deixar uma porta aberta a que os serviços de inteligência entrassem nos e-mails de seus usuários.
Assim como o Yahoo!, o Google rejeitou as alegações e a Microsoft pediu explicações ao governo de Barack Obama, segundo o jornal 'The Guardian'. EFE
Los Angeles - O Yahoo! publicou nesta sexta-feira seu primeiro relatório de transparência global no qual revelou os pedidos realizados por 17 governos nacionais durante o primeiro semestre do ano sobre dados confidenciais de seus usuários.
O documento é similar ao apresentado pelo Facebook no último dia 27 de agosto e tenta lançar luz sobre a espionagem na rede revelada pelos vazamentos do ex-técnico da CIA e ex-assessor da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden.
Os dados do Yahoo! se centram nos países onde a empresa tem uma filial e pode ser obrigada pelas leis nacionais a facilitar informação.
'Nosso departamento legal exige que as solicitações de dados provenientes de governos sejam feitas por meios e propósitos acordes com a legalidade', informou a empresa.
Entre os dias 1º de janeiro e 30 de junho de 2013, o Yahoo! computou quase 30 mil pedidos de 17 países nos quais se requereu informação de mais de 62 mil contas de usuários.
Os EUA realizaram quase metade dos pedidos que afetavam mais de 40 mil contas, 64% do total. Brasil, Argentina, Espanha e México também aparecem na lista, mas em nenhum dos casos passaram do patamar de mil solicitações.
Em termos absolutos, depois dos EUA ficaram Alemanha, Itália, Taiwan, França e Reino Unido.
O Yahoo! rejeitou apenas 2% dos pedidos feitos pelos EUA, 17% no caso brasileiro, 19% no argentino, 18% no espanhol e 25% no mexicano.
A maior parte das vezes Yahoo! entregou às autoridades nacionais dados como o nome do usuário da conta, sua localização, endereço IP, e-mail alternativo e os contatos com quem trocaram mensagens.
Em algumas ocasiões a empresa permitiu que as autoridades conhecessem conteúdos de e-mails ou mensagens no Messenger, fotos no Flickr, arquivos carregados em seus servidores, eventos no calendário e qualquer outro elemento criado em seus sistemas pelo usuário.
O Yahoo! garantiu que a partir de agora publicará um relatório similar a cada seis meses.
Com esta decisão a empresa tenta recuperar parte da credibilidade que ficou em dúvida após as revelações de Snowden nas quais descreve uma colaboração das companhias do setor tecnológico dos EUA com os serviços de inteligência do país.
Junto com Yahoo! foram afetadas empresas como Google, Microsoft e Facebook, que tomaram ações para limpar sua imagem e requereram às autoridades dos EUA que lhes deem sinal verde para publicar dados mais específicos sobre sua cooperação.
Um artigo publicado ontem pelos meios com acesso à documentação de Snowden, entre eles 'The New York Times', detalhou uma conspiração que a NSA teria orquestrado para deliberadamente promover sistemas de segurança na internet que fossem vulneráveis a sua tecnologia para decodificar mensagens a fim de facilitar sua espionagem.
O Yahoo! negou hoje qualquer envolvimento com estes fatos, que representaria deixar uma porta aberta a que os serviços de inteligência entrassem nos e-mails de seus usuários.
Assim como o Yahoo!, o Google rejeitou as alegações e a Microsoft pediu explicações ao governo de Barack Obama, segundo o jornal 'The Guardian'. EFE