TV móvel prometeu muito e entregou pouco, diz consultoria
Um estudo da empresa especializada Ovum aponta que, apesar do fenomemal crescimento do mercado de smartphones, a televisão móvel ainda não é viável como negócio
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2011 às 17h15.
São Paulo — A despeito do grande crescimento do mercado de smartphones, ainda existe um número elevado de barreiras para tonar o mercado de televisão móvel viável e sustentável. Essa é a conclusão de um estudo divulgado nesta terça-feira, 15, pela Ovum.
Segundo o estudo assinado pelo analista Tim Renowden, a maior parte das tentativas de entregar serviço de TV via dispositivos móveis fracassou. Essa dificuldade deve se manter em função de inúmeras barreiras. "Existe uma série de problemas que impedem que a TV móvel seja uma indústria de sucesso. Esses problemas vão de questões relativas a infraestrutura à falta de evidência do interesse dos consumidores", diz ele.
Entre os exemplos de serviços que fracassaram, a consultoria menciona a rede MediaFlo nos EUA, o DVB-H da Europa e inúmeros serviço baseados em 3G da Europa, América do Norte e Ásia-Pacífico. A TV móvel foi bem sucedida em países como Japão, Coréia do Sul e Brasil, onde está suportada por redes abertas. Nestes países, os serviços são baseados na rede de televisão terrestre e são distribuídos gratuitamente para os consumidores. "Enquanto assistir a vídeos da web em dispositivos móveis decolou nos últimos anos, o serviço de TV prometeu muito mas entregou pouco", afirma Tim Renowden.
Para as emissoras de TV, a TV móvel abre um novo canal de distribuição de programas ao vivo, o que poderá gerar receitas novas com assinatura e propaganda. Entretanto, segundo o estudo da Ovum, enquanto a maioria das emissoras de TV estiverem relutantes em investir em conteúdo e infraestrutura, a demanda dos consumidores pelos celulares preparados para TV móvel continuará fraca.