Turquia diz que vazamento no YouTube foi vilania
Autoridades turcas ordenaram o bloqueio do site no país após vazamento de uma gravação de funcionários discutindo uma possível ação militar na Síria
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2014 às 20h26.
Istambul - O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan , disse nesta quinta-feira que tinha sido uma "vilania" o vazamento de uma gravação de funcionários de segurança máxima discutindo uma possível ação militar na Síria, postada no site de compartilhamento de vídeos YouTube .
As autoridades turcas ordenaram o bloqueio do site no país.
O ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, qualificou a postagem - um arquivo de áudio com fotografias dos funcionários envolvidos - de "declaração de guerra", uma aparente referência a uma crescente luta pelo poder entre Erdogan e rivais.
A postagem anônima se seguiu a outras publicações semelhantes nas mídias sociais nas últimas semanas, que Erdogan disse serem um complô de seus inimigos políticos, sobretudo um clérigo islamista que reside nos Estados Unidos, com a finalidade de derrubá-lo antes das eleições de 30 de março.
Mas a postagem no YouTube levou a campanha para um patamar mais elevado, ao vazar detalhes de uma reunião altamente sensível de autoridades do setor de segurança.
"Eles chegaram mesmo a vazar uma reunião de segurança nacional", disse Erdogan em um comício de campanha. "Isso é vilania, é desonestidade... A quem vocês estão servindo, fazendo espionagem do áudio de uma reunião tão importante?" A Reuters não pôde verificar a autenticidade da gravação.
O material postado é apresentado como uma gravação do chefe de inteligência, Hakan Fidan, discutindo possíveis operações militares na Síria com Davutoglu, o vice-chefe do Estado-Maior militar Yasar Guler e outros altos funcionários.
Falando a jornalistas em Kutahya, Davutoglu confirmou que houve a reunião e disse: "Um ataque cibernético foi realizado contra a República da Turquia, nosso valoroso Estado e nação. Essa é uma clara declaração de guerra contra o Estado turco e a nossa nação".
Autoridades turcas disseram ter adotado uma "medida administrativa" para impor um bloqueio ao YouTube, uma semana depois de terem bloqueado o acesso ao site de microblogue Twitter.
Erdogan tem sido alvo de um fluxo de postagens anônimas na Internet que sugerem o seu envolvimento em corrupção. Ele nega as acusações e acusa um ex-aliado, o clérigo islâmico Fethullah Gulen, de desencadear uma campanha para minar seu poder antes das eleições de domingo.
Gulen, que tem uma grande rede de seguidores na polícia, nega qualquer envolvimento com as postagens e nas investigações policiais sobre corrupção envolvendo Erdogan e sua família. Erdogan nega as acusações de corrupção.
O Ministério das Relações Exteriores disse que a gravação foi de uma reunião de gestão de crise para discutir as ameaças decorrentes de confrontos na Síria e que os elementos da gravação haviam sido manipulados. Os responsáveis terão uma punição pesada, afirmou.
A conversa parece centrar-se em uma possível operação para proteger o túmulo de Suleyman Shah, avô do fundador do Império Otomano, em uma área do norte da Síria, em grande parte controlada por militantes islâmicos.
Istambul - O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan , disse nesta quinta-feira que tinha sido uma "vilania" o vazamento de uma gravação de funcionários de segurança máxima discutindo uma possível ação militar na Síria, postada no site de compartilhamento de vídeos YouTube .
As autoridades turcas ordenaram o bloqueio do site no país.
O ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, qualificou a postagem - um arquivo de áudio com fotografias dos funcionários envolvidos - de "declaração de guerra", uma aparente referência a uma crescente luta pelo poder entre Erdogan e rivais.
A postagem anônima se seguiu a outras publicações semelhantes nas mídias sociais nas últimas semanas, que Erdogan disse serem um complô de seus inimigos políticos, sobretudo um clérigo islamista que reside nos Estados Unidos, com a finalidade de derrubá-lo antes das eleições de 30 de março.
Mas a postagem no YouTube levou a campanha para um patamar mais elevado, ao vazar detalhes de uma reunião altamente sensível de autoridades do setor de segurança.
"Eles chegaram mesmo a vazar uma reunião de segurança nacional", disse Erdogan em um comício de campanha. "Isso é vilania, é desonestidade... A quem vocês estão servindo, fazendo espionagem do áudio de uma reunião tão importante?" A Reuters não pôde verificar a autenticidade da gravação.
O material postado é apresentado como uma gravação do chefe de inteligência, Hakan Fidan, discutindo possíveis operações militares na Síria com Davutoglu, o vice-chefe do Estado-Maior militar Yasar Guler e outros altos funcionários.
Falando a jornalistas em Kutahya, Davutoglu confirmou que houve a reunião e disse: "Um ataque cibernético foi realizado contra a República da Turquia, nosso valoroso Estado e nação. Essa é uma clara declaração de guerra contra o Estado turco e a nossa nação".
Autoridades turcas disseram ter adotado uma "medida administrativa" para impor um bloqueio ao YouTube, uma semana depois de terem bloqueado o acesso ao site de microblogue Twitter.
Erdogan tem sido alvo de um fluxo de postagens anônimas na Internet que sugerem o seu envolvimento em corrupção. Ele nega as acusações e acusa um ex-aliado, o clérigo islâmico Fethullah Gulen, de desencadear uma campanha para minar seu poder antes das eleições de domingo.
Gulen, que tem uma grande rede de seguidores na polícia, nega qualquer envolvimento com as postagens e nas investigações policiais sobre corrupção envolvendo Erdogan e sua família. Erdogan nega as acusações de corrupção.
O Ministério das Relações Exteriores disse que a gravação foi de uma reunião de gestão de crise para discutir as ameaças decorrentes de confrontos na Síria e que os elementos da gravação haviam sido manipulados. Os responsáveis terão uma punição pesada, afirmou.
A conversa parece centrar-se em uma possível operação para proteger o túmulo de Suleyman Shah, avô do fundador do Império Otomano, em uma área do norte da Síria, em grande parte controlada por militantes islâmicos.