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Tribunal adia decisão sobre extradição de fundador do WikiLeaks

Uma decisão judicial por escrito será entregue em data posterior, ainda não especificada

O site WikiLeaks, de Julian Assange, enfrenta bloqueio das redes de cartão de crédito Visa e Mastercard há seis meses (Peter Macdiarmid/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 17h00.

Londres  - Dois juízes adiaram na quarta-feira uma decisão sobre autorizar ou não a extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, da Grã-Bretanha para a Suécia em função de alegações de má conduta sexual.

Uma decisão judicial por escrito será entregue em data posterior, ainda não especificada.

Advogados das autoridades suecas disseram à corte britânica na quarta-feira que Assange é acusado de estupro e agressão sexual e deve ser transferido à Suécia para enfrentar as acusações.

O australiano de 40 anos, especialista em computadores, esteve na Alta Corte de Londres para o segundo e último dia de audiência, depois de ter sido derrotado em fevereiro em um recurso inicial contra a ordem de extradição.

Promotores suecos querem interrogar Assange sobre três alegações de agressão sexual e uma de estupro feitas por duas mulheres, ambas voluntárias do WikiLeaks, na Suécia em agosto do ano passado. Assange nega as alegações, e ainda não foram formuladas acusações criminais formais.

A equipe de defesa de Assangue pediu aos dois juízes que impedissem sua extradição, argumentando que o caso tem falhas judiciais e que o sexo sempre foi consensual.

Mas Clare Montgomery, falando em nome da promotoria sueca, rejeitou as afirmações de Assange, dizendo que é "perfeitamente claro" que as mulheres fizeram alegações sobre sexo não consensual.

O argumento da defesa foi centrado no fato de que Assange ainda não foi formalmente acusado de nenhum crime na Suécia, embora sua equipe de advogados admita que isso possa ser feito em data futura.


Assange ficou sentado no tribunal em silêncio, ladeado por assessores e amigos, um dos quais o escritor e jornalista investigativo de esquerda John Pilger, também australiano.

O site WikiLeaks, de Assange, começou no ano passado, pouco antes da prisão de Assange, a publicar um arquivo de mais de 250 mil telegramas diplomáticos secretos dos EUA, enfurecendo o governo americano e causando sensação na mídia.

Assange já disse acreditar que o caso judicial sueco seja politicamente motivado.

Mesmo que a Alta Corte aceda ao pedido de extradição, Assange ainda poderia levar sua batalha até a Suprema Corte britânica, a mais alta instância judicial do país, embora isso só possa ser feito em relação a uma questão judicial que seja de interesse do público geral.

Uma decisão da Suprema Corte assinalaria o fim do processo.

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Londres  - Dois juízes adiaram na quarta-feira uma decisão sobre autorizar ou não a extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, da Grã-Bretanha para a Suécia em função de alegações de má conduta sexual.

Uma decisão judicial por escrito será entregue em data posterior, ainda não especificada.

Advogados das autoridades suecas disseram à corte britânica na quarta-feira que Assange é acusado de estupro e agressão sexual e deve ser transferido à Suécia para enfrentar as acusações.

O australiano de 40 anos, especialista em computadores, esteve na Alta Corte de Londres para o segundo e último dia de audiência, depois de ter sido derrotado em fevereiro em um recurso inicial contra a ordem de extradição.

Promotores suecos querem interrogar Assange sobre três alegações de agressão sexual e uma de estupro feitas por duas mulheres, ambas voluntárias do WikiLeaks, na Suécia em agosto do ano passado. Assange nega as alegações, e ainda não foram formuladas acusações criminais formais.

A equipe de defesa de Assangue pediu aos dois juízes que impedissem sua extradição, argumentando que o caso tem falhas judiciais e que o sexo sempre foi consensual.

Mas Clare Montgomery, falando em nome da promotoria sueca, rejeitou as afirmações de Assange, dizendo que é "perfeitamente claro" que as mulheres fizeram alegações sobre sexo não consensual.

O argumento da defesa foi centrado no fato de que Assange ainda não foi formalmente acusado de nenhum crime na Suécia, embora sua equipe de advogados admita que isso possa ser feito em data futura.


Assange ficou sentado no tribunal em silêncio, ladeado por assessores e amigos, um dos quais o escritor e jornalista investigativo de esquerda John Pilger, também australiano.

O site WikiLeaks, de Assange, começou no ano passado, pouco antes da prisão de Assange, a publicar um arquivo de mais de 250 mil telegramas diplomáticos secretos dos EUA, enfurecendo o governo americano e causando sensação na mídia.

Assange já disse acreditar que o caso judicial sueco seja politicamente motivado.

Mesmo que a Alta Corte aceda ao pedido de extradição, Assange ainda poderia levar sua batalha até a Suprema Corte britânica, a mais alta instância judicial do país, embora isso só possa ser feito em relação a uma questão judicial que seja de interesse do público geral.

Uma decisão da Suprema Corte assinalaria o fim do processo.

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