Exame Logo

Terremoto prova eficiência do sistema de alerta de tsunami

O sistema, que custou 100 milhões de euros, "funciona bem", assegurou o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono

Depois do tsunami de 2004, foram instalados indicadores de nível no litoral para vigiar os movimentos da água (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 09h33.

Banda Aceh - O potente terremoto registrado na quarta-feira junto à ilha indonésia de Sumatra desencadeou o pânico na região, embora sem causar grandes danos, e demonstrou a eficiência do sistema de alerta instaurado após o tsunami de 2004, que matou mais de 220 mil pessoas.

"Tudo foi muito bem. O sistema funcionou como o previsto", explica Denis Okello, porta-voz em Jacarta do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), agência da ONU, que comemora que o terremoto de quarta-feira não tenha sido mais mortífero.

De magnitude 8,6, o tremor deixou cinco mortos, ao menos dois deles por problemas cardíacos, segundo um balanço oficial publicado na manhã desta quinta-feira.

A normalidade voltava assim a Banda Aceh, capital da província de Aceh, situada perto do epicentro, observou uma jornalista da AFP. Os camponeses voltavam aos seus arrozais e os alunos à escola, e não eram vistos grandes danos.

O terremoto provocou, no entanto, o pânico entre a população, ao avivar o fantasma do tsunami que matou mais de 220 mil pessoas no dia 26 de dezembro de 2004 no conjunto do litoral do oceano Índico.

Mas desta vez, enquanto o tremor era registrado, a Agência Indonésia de Geofísica (BMKG) bombardeou os habitantes e autoridades com mensagens nos telefones celulares e nos e-mails, advertindo sobre a iminência de um tsunami. A maré finalmente foi muito limitada, com ondas de apenas um metro, o que provocou o levantamento do alerta algumas horas depois.

Mas a população de Sumatra estava igualmente fora de perigo, já que, após o alerta do BKMC, "as autoridades locais ativaram as sirenes (instaladas após o tsunami de 2004) e os habitantes se deslocaram para locais altos, como aprenderam durante exercícios de evacuação", ressalta Denis Okello à AFP.

"As paredes das salas de aula começaram a tremer. Saímos todos", lembra Nunik Nurwanpi, professor de um grupo de alunos de 6 a 12 anos em Banda Aceh. "As pessoas comentavam que um alerta de tsunami havia sido lançado, então nos dirigimos às colinas".

"Bastaram três minutos no máximo para emitir o alerta", comemora Suharjono, responsável pelo escritório de terremotos da agência indonésia.

A mesma rapidez foi observada em outras partes do litoral do oceano Índico. "Começamos a evacuar as pessoas dez minutos" após o terremoto, indica Namrata Majumdar, um responsável do centro de vigilância das catástrofes nas ilhas indianas de Andaman e de Nicobar, duramente sacudidas em 2004.

Depois do tsunami daquele ano, foram instalados indicadores de nível no litoral para vigiar os movimentos da água. Graças a este mecanismo, as autoridades sabiam "que um tsunami poderia sacudir a costa nos 50 minutos seguintes", ressalta Suharjono.

Veja também

Banda Aceh - O potente terremoto registrado na quarta-feira junto à ilha indonésia de Sumatra desencadeou o pânico na região, embora sem causar grandes danos, e demonstrou a eficiência do sistema de alerta instaurado após o tsunami de 2004, que matou mais de 220 mil pessoas.

"Tudo foi muito bem. O sistema funcionou como o previsto", explica Denis Okello, porta-voz em Jacarta do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), agência da ONU, que comemora que o terremoto de quarta-feira não tenha sido mais mortífero.

De magnitude 8,6, o tremor deixou cinco mortos, ao menos dois deles por problemas cardíacos, segundo um balanço oficial publicado na manhã desta quinta-feira.

A normalidade voltava assim a Banda Aceh, capital da província de Aceh, situada perto do epicentro, observou uma jornalista da AFP. Os camponeses voltavam aos seus arrozais e os alunos à escola, e não eram vistos grandes danos.

O terremoto provocou, no entanto, o pânico entre a população, ao avivar o fantasma do tsunami que matou mais de 220 mil pessoas no dia 26 de dezembro de 2004 no conjunto do litoral do oceano Índico.

Mas desta vez, enquanto o tremor era registrado, a Agência Indonésia de Geofísica (BMKG) bombardeou os habitantes e autoridades com mensagens nos telefones celulares e nos e-mails, advertindo sobre a iminência de um tsunami. A maré finalmente foi muito limitada, com ondas de apenas um metro, o que provocou o levantamento do alerta algumas horas depois.

Mas a população de Sumatra estava igualmente fora de perigo, já que, após o alerta do BKMC, "as autoridades locais ativaram as sirenes (instaladas após o tsunami de 2004) e os habitantes se deslocaram para locais altos, como aprenderam durante exercícios de evacuação", ressalta Denis Okello à AFP.

"As paredes das salas de aula começaram a tremer. Saímos todos", lembra Nunik Nurwanpi, professor de um grupo de alunos de 6 a 12 anos em Banda Aceh. "As pessoas comentavam que um alerta de tsunami havia sido lançado, então nos dirigimos às colinas".

"Bastaram três minutos no máximo para emitir o alerta", comemora Suharjono, responsável pelo escritório de terremotos da agência indonésia.

A mesma rapidez foi observada em outras partes do litoral do oceano Índico. "Começamos a evacuar as pessoas dez minutos" após o terremoto, indica Namrata Majumdar, um responsável do centro de vigilância das catástrofes nas ilhas indianas de Andaman e de Nicobar, duramente sacudidas em 2004.

Depois do tsunami daquele ano, foram instalados indicadores de nível no litoral para vigiar os movimentos da água. Graças a este mecanismo, as autoridades sabiam "que um tsunami poderia sacudir a costa nos 50 minutos seguintes", ressalta Suharjono.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisIndonésiaTerremotosTsunami

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame