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Telas rachadas de celular podem se regenerar sozinhas com técnica inventada na Inglaterra

Criada inicialmente para a indústria de aviação, a técnica adiciona a diversos materiais, como vidro e plástico, a capacidade de se regenerar após choques e fraturas

Getty Images (Lars Plougmann)
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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 08h50.

Muitos já passaram pela situação de deixar o smartphone cair no chão, e de torcer para que a tela dele não tenha se despedaçado. Agora, esses dias de tensão podem ficar para trás graças a uma nova tecnologia desenvolvida na Universidade de Bristol, na Inglaterra.

Criada inicialmente para a indústria de aviação, a técnica adiciona a diversos materiais, como vidro e plástico, a capacidade de se regenerar após choques e fraturas.

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Para obter o "efeito Wolverine", os pesquisadores inserem no material escolhido microsferas carregadas de um agente químico baseado em carbono. Quando o impacto rompe as esferas, elas liberam o líquido, que, depois de preencher as fissuras, endurece e se torna invisível.

O professor Duncan Wass, inventor da técnica, acredita que seria possível utilizá-la em telas de smartphones, ainda que sejam necessários anos de testes para garantir a integridade de outras qualidades do vidro. Atualmente, a pesquisa de Wass se concentra no uso das microesferas no revestimento de aviões, onde elas diminuiriam a ocorrência de rachaduras, aumentariam a segurança das aeronaves e diminuiriam os períodos de manutenção.

Wass compara sua invenção ao sistema de coagulação sanguínea, que começa a operar quando uma pessoa sofre um corte. Segundo o professor, a técnica oferece possibilidades ilimitadas de uso, e até mesmo a indústria de cosméticos já se interessou nela. Esmaltes de unha poderiam ganhar um poder extra de proteção e regeneração com a tecnologia.

Ele estima que o agente poderia ser utilizado na indústria de smartphones e outros eletrônicos pessoais em cerca de cinco anos, mas seria necessário o investimento de uma grande empresa do setor, como Apple ou Samsung, para baixar os custos de produção.

Fonte: Forbes

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