Startup cria sistema para facilitar negócios no setor têxtil
O eModa é uma startup com o objetivo de melhorar a eficiência no comércio atacadista do setor têxtil brasileiro
Rafael Kato
Publicado em 8 de setembro de 2015 às 17h35.
São Paulo — Se você já teve dificuldade em encontrar uma peça de roupa que segue as últimas tendências de moda , saiba que o problema pode estar muito mais na distribuição do que na produção. Pelo menos, é o que acredita o eModa , uma startup com o objetivo de melhorar a eficiência no comércio atacadista do setor têxtil brasileiro.
“Depois de tanto anos trabalhando no setor, eu me perguntei como era possível o lojista e o fabricante sobreviverem com tamanha ineficiência”, afirma Vanessa Wander, uma das sócias do eModa. “A nossa solução foi trazer o universo digital para área têxtil”.
Entre as ineficiências está a ausência de um sistema de relacionamento organizado com os lojistas, pois a indústria depende inteiramente da carteira de representantes. Do lado dos comerciantes, há dificuldades em controlar as peças já compradas — é comum, por exemplo, a aquisição de produtos parecidos por puro desconhecimento do estoque.
Nesse sentido, o eModa atua tanto como um site de e-commerce para lojistas, como também como um sistema para representantes comerciais ou para lojistas. É possível fazer pedidos, controlar o fluxo de pagamento, saber quais peças estão em estoque e enviar sugestões de carrinhos de compras para clientes em potencial.
“Grandes marcas têm, em média, 800 pontos de venda, mas poderiam chegar em 3 000 pontos. Só que é muito caro desenvolver isso”, diz Vanessa. O objetivo do eModa é mapear a rede do varejo brasileiro, oferecendo capilaridade na distribuição de roupas com um CRM organizado.
Lee, Iódice e Cavalera são algumas das marcas que podem ser encontradas na ferramenta. Atualmente, mais de 4 000 pontos de venda estão cadastrados no site.
A visão da startup não é acabar com os representantes comerciais, mas ajudá-los com mais informações sobre as coleções das marcas e novidades, como tecidos tecnológicos, por exemplo. Newsletters também são enviadas para os lojistas, levando dicas sobre como montar vitrines e as últimas novidades das passarelas.
“Nós podemos ajudar muito a indústria de moda nacional a ganhar com rentabilidade e produtividade”, diz Vanessa.
A operação da startup, somando tanto a área de tecnologia como a equipe comercial, tem 20 pessoas. Entre os investidores está Luiz Trindade, fundador da agência de mídias digitais iThink e ex-vice-Presidente da agência de publicidade Sapient Nitro.