São Paulo - A quarta edição do INFOTrends, evento organizado pela revista INFO, reuniu nomes como Hugo Barra, vice-presidente do Google para Android, Guilherme Ribenboim, diretor-geral do Twitter no Brasil, e Wesley Barbosa, executivo da companhia chinesa de internet Baidu para discutir inovação, modelos de negócios na indústria digital e as tecnologias que devem ascender no futuro.

Hugo Barra e o futuro da tecnologia - O keynote de abertura do INFOTrends foi feito por Hugo Barra. O brasileiro, que lidera o desenvolvimento da plataforma Android, defendeu o uso da computação quântica e a criação de redes neurais para orientar a criação de novas tecnologias. “Nós vivemos uma era de crescimento exponencial. O ganho de performance das máquinas será cada vez mais veloz, o que nos dará a capacidade de compreender melhor, por exemplo, o funcionamento do cérebro humano e usar seu modelo como inspiração para redes neurais mais complexas”, afirmou Barra.

Segundo Barra,  a criação de redes neurais permitirá criar máquinas inteligentes, capazes de processar informações de forma autônoma, como fazem os cérebros dos humanos. “Ao evoluir estas pesquisas, criaremos carros que dirigem sozinhos de forma mais eficiente e tradutores instantâneos, como nos seriados de Star Trek”, disse Barra. Veja como foi a palestra de Hugo Barra.

Publicidade digital - Depois de Barra, subiu ao palco a americana Erica Smith, vice-presidente da agência de publicidade digital Aegis Media. Erica defendeu que a publicidade use (e abuse) dos recursos tecnológicos para compreender melhor o público consumidor e estudar formas de impactá-lo com mais eficiência.

“Com a ferramenta adequada, é possível traçar um perfil completo de cada usuário”, disse. Segundo Erica,  saber informações comportamentais, gostos e preferências de cada pessoa é possível mesmo sem identificá-las por seu nome ou invadir suas informações privadas, como saber seu sobrenome e endereço. “O uso destas informações aumenta muito a eficácia da publicidade que entregamos”, afirmou Erica. Veja como foi a palestra de Erica Smith.

A agência do futuro - A tecnologia é essencial para a publicidade digital, contudo, ela não deve ser o único caminho. A opinião é de Gerd Leonhard, CEO da consultoria The Futures Agency. Para ele, os profissionais, mesmo vivendo em uma sociedade cada vez mais conectada, não devem acreditar apenas em dados e algoritmos para construir os grandes negócios do futuro. “Os algoritmos são necessários, mas precisamos de um ‘humanorítimo’: o fator humano continua a ser essencial para mudar a cultura e fazer as coisas acontecerem”, afirmou.  Veja como foi a apresentação de Leonhard.

Experiência do consumidor - Na palestra que encerrou o período da manhã do INFOTrends 2013, os publicitários da agência SapientNitro Donald Chesnut e Marcelo Tripoli compartilharam com o público suas técnicas para construir uma marca baseada na experiência do consumidor na internet.

O primeiro passo, explicam, é fazer com que a marca, muito mais do que contar uma história, faça o cliente se sentir parte de uma narrativa. “Temos que criar mundos, não anúncios”, afirmou Chesnut, um dos líderes da maior agência de mídia digital nos Estados Unidos. Veja como foi esta apresentação.

Redes sociais e a TV - No início da tarde, uma equipe de especialistas formada por Guilherme Ribenboim, diretor-geral do Twitter no Brasil; Vinícius Pereira, diretor do ESPM Media Lab; Fábia Juliasz, diretora executiva de novos negócios do Grupo Ibope; Flávio Ferrari, sócio da Qual Canal; e Martha Gabriel, diretora de tecnologia da New Media Developers discutiu como as redes sociais podem ser úteis para as emissoras de TV e empresas que anunciam em TV aberta.[quebra]

Para os especialistas, serviços como Twitter e Facebook já fazem parte da vida das pessoas, mesmo quando estas pessoas estão assistindo TV. De acordo com Martha Gabriel,  as redes sociais devem ser exploradas não só para que os programas de TV sejam comentados e avaliados pelo público em tempo real, mas também para que os anunciantes de outras plataformas possam conversar com os usuários de forma mais direta e objetiva. Acompanhe como foi o debate.

Cases digitais - Em seguida, o palco do INFOTrends apresentou três especialistas em publicidade digital. Eles contaram ao público a história por trás de campanhas que “viralizaram” e fizeram enorme sucesso na internet. O primeiro a falar foi português Hugo Veiga, redator da agência Ogilvy & Mather Brasil. Veiga contou a história da criação da premiada campanha “Dove Retratos da Real Beleza”, que se tornou a peça publicitária mais vista da história do YouTube.

Vídeo mostra como foi a quarta edição do INFOTrends

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Depois dele, foi a vez de Tiago Ritter, CEO da agência W3HAUS, e Leo Carbonell, diretor de mídia e desempenho da agência de marketing Espalhe, que contaram as melhores estratégias para levar marcas como Guaraná Antártica e Fila para as redes sociais.  Veja detalhes dos cases.

Design padrão Apple - Quase no final do evento, Everaldo Coelho, Head Of User Experience da Movile, subiu ao palco para falar de sua experiência com design na Apple e contar os cuidados que se deve ter quando se projeta um novo produto, como uma peça de publicidade, para diversas telas. Segundo Coelho, antes do processo de criação, o designer precisa entender que os consumidores usam cada dispositivo com um objetivo.

Por exemplo, smartphones são muito usados pra iniciar atividades online, como checar e-mails. Já os tablets, afirma Coelho, funcionam mais para atividades de média complexidade, como o planejamento de viagens. Só os PCs são usados para atividades mais complexas, disse. Se esses detalhes não forem percebidos, um projeto pode ser um fracasso. Leia mais sobre a apresentação de Everaldo Coelho.

Internet chinesa - Coube ao executivo de negócios do Baidu no Brasil Wesley Barbosa conduzir a última palestra do INFOTrends 2013.  Barbosa defendeu a tese de que inovação também é possível quando se “pensa dentro da caixa”. De acordo com Barbosa, a ideia comum de que para criar novos produtos é preciso “pensar fora da caixa” nem sempre é verdadeira. Para ele, “a caixa é nossa casa, é onde nos sentimos confortáveis e o ambiente onde podemos ter novas ideias”.

Mas para que dê certo a teoria de “pensar dentro da caixa”, o profissional precisa seguir métodos pré-estabelecidos. E para não deixar ninguém ir embora do evento curioso, ele explicou, em detalhes, os três passos para conseguir inovação com a sua teoria. Veja quais foram as técnicas apresentadas por Barbosa.

Vídeo mostra versão do INFOlab dentro do INFOTrends

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