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Após ataque hacker, Renner nega que pagou US$ 20 milhões aos criminosos

A extorsão inicial dos hackers visava a quantia de 1 bilhão de reais em criptomoedas para restabelecer os sistemas da empresa

Lojas Renner: empresa sofreu ataque ransomware que afetou funcionamento do e-commerce (Marcos Gouveia/ Renner/Divulgação)

Lojas Renner: empresa sofreu ataque ransomware que afetou funcionamento do e-commerce (Marcos Gouveia/ Renner/Divulgação)

A Renner sofreu um ataque de ransomware nesta quinta-feira, 19, que tirou do ar o seu sistema de e-commerce. A empresa confirmou o ataque em um fato relevante divulgado ao mercado.

De acordo com a empresa, o ataque "resultou em indisponibilidade em parte de seus sistemas e operação", mas que isso não afetou o funcionamento das lojas físicas.

"Neste momento, a companhia atua de forma diligente e com foco para mitigar os efeitos causados, com a maior parte das operações já restabelecidas e tendo sido verificado que os principais bancos de dados permanecem preservados".

De acordo com o portal NeoFeed, bancos de dados teriam sido criptografados e os criminosos estariam exigindo um resgate pelas informações.

Possível aceite da extorsão

Informações não oficiais dizem que a empresa acordou um pagamento de 20 milhões de dólares em criptomoedas, após uma negociação para reduzir a quantia de 1 bilhão de reais.

A empresa nega o pagamento

Contudo, a Renner, em comunicado, negou a informação de que teria pago US$20 milhões aos hackers. A tentativa da empresa é restabelecer parte da operação digital via backup, no entanto, até as 18h30 de sexta-feira, 20, o e-commerce da empresa segue fora do ar.

O que são ataques ransomware

Ataques de Ransomware são um tipo de atividade criminosa digital que "sequestra" os sistemas e redes de computadores de um usuário ou de uma empresa, tornando-os inutilizáveis. Os bandidos então pedem uma transferência financeira pela liberação das máquinas (daí o nome ransom, que em inglês significa a quantia paga para libertar alguém de um cativeiro).

Muitos especialistas não recomendam pagar por esses ataques, pois não há garantias de que os computadores serão liberados. Apesar disso, esse tipo de atividade criminal tem se tornado cada vez mais comum, com bandidos mirando vítimas com apólices de seguro cibernético e enormes volumes de dados confidenciais de consumidores.

Foi um ataque desse tipo que vitimou, por exemplo, as operações americanas da JBS em maio. A companhia confirmou posteriormente que pagou um resgate de 11 milhões de dólares aos hackers para reaver as informações.

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