Regulador chinês realiza investigação antimonopólio contra Microsoft
Regulador investiga um vice-presidente e gerentes seniores da Microsoft e fez cópias dos contratos e balanços financeiros da companhia, disse o regulador em seu site
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2014 às 06h55.
Um regulador chinês disse nesta terça-feira que está conduzindo uma investigação antimonopólio contra a Microsoft pois a empresa não revelou totalmente informações sobre seu sistema operacional Windows e o software Microsoft Office.
A Administração Estatal para Indústria e Comércio da China está investigando um vice-presidente e gerentes seniores da Microsoft e fez cópias dos contratos e balanços financeiros da companhia, disse o regulador em seu site.
A Microsoft é uma das maiores companhias norte-americanas a ser escrutinada pelos reguladores chineses à medida que eles intensificam a supervisão em uma aparente tentativa de proteger companhias e consumidores locais.
O regulador disse que obteve documentos, emails e outros dados de servidores e computadores da Microsoft, acrescentando que não pôde concluir a investigação uma vez que a Microsoft disse que alguns de seus funcionários-chave não estavam na China.
A Microsoft é suspeita de ter violado a lei antimonopólio da China desde junho do ano passado por problemas com compatibilidade, empacotamento e autenticação de documentos, disse o comunicado.
O anúncio da Administração Estatal, um dos três reguladores antitruste da China, vem à tona um dia após autoridades da agência terem feito visitas súbitas a escritórios da Microsoft em Pequim, Xangai, Guangzhou e Chengdu.
A investigação está envolta em mistério, com advogados e especialistas do setor questionando quais violações a Microsoft pode ter cometido na China, onde o tamanho de seu negócio é insignificante.
Segundo relatos, o ex-presidente-executivo da companhia Steve Ballmer disse a funcionários em 2011 que, devido à pirataria, a Microsoft gerava menos receita na China do que na Holanda, mesmo apesar de as vendas de computadores se igualarem às vendas nos Estados Unidos.
(Por Paul Carsten)