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Receptor de TV deve ser adaptado para que 4G não interfira

Segundo engenheiro da TV Globo e do grupo de estudos da SET sobre interferências, Luiz Fausto, alterar as especificações dos receptores pode não ser suficiente

4G: se houver sinal forte de 700 MHz, por conta de uma torre de 4G LTE próxima, receptor se ajustará para trabalhar com ganho baixo em toda a faixa (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 15h28.

Reduzir a interferência das transmissões em LTE (banda larga móvel) sobre o sinal da radiodifusão digital terrestre, tratada como certa pelos radiodifusores e como possibilidade pelos grupos de telecomunicações, deve demandar algumas mudanças na norma dos receptores de TV digital.

Segundo o engenheiro da TV Globo e do grupo de estudos da SET sobre interferências, Luiz Fausto, que participou de painel no Congresso SET nesta quarta, 21, alterar as especificações dos receptores pode não ser suficiente.

"Há uma norma especificando os receptores digitais, mas não há homologação", disse o engenheiro. Além disso, outros componentes da recepção de TV não estão normatizados e também não contam com homologação, como antenas, amplificadores de sinais, cabos e filtros.

Estes componentes, vale explicar, terão papel decisivo no combate às interferências. Isso porque os receptores trabalham na faixa de 470 MHz - 806 MHz e contam com um controle de ganho de entrada que "fiscaliza" toda esta faixa.

Se houver um sinal forte de 700 MHz, por conta de uma torre de 4G LTE próxima, o receptor se ajustará para trabalhar com ganho baixo não só nas frequências próximas ao 700 MHz mas em toda a faixa, inclusive naqueles canais que estão longe desta frequência. Ou seja, a interferência se dará em todo o line-up de canais.

A norma atual, lembra Fausto, no mínimo deverá mudar para incluir nos receptores um filtro para a faixa do 4G . Com isso, destaca, haverá um legado de receptores que não estarão preparados para este tipo de interferência.

Segundo Marcus Manhães, do CPqD, que fez estudos de interferência encomendados pelo SindiTelebrasil, há formulas para garantir a convivência do sistema. "A solução nunca pode ser generalizada", disse. Manhães concorda que haverá um legado de receptores, mas minimiza o impacto disto na recepção de TV digital, lembrando que é possível adotar filtros na própria antena, o que deve resolver boa parte dos casos. Estes filtros terão de ser instalados nos sistemas de antenas coletivas dos prédios, por exemplo.

Mesmo assim, complementou Fausto, haverá um legado. As antenas com amplificação embutida, vendidas hoje por R$ 100 a R$ 200, deixarão de funcionar, uma vez que os filtros da faixa do LTE devem ser instalados entre as antenas e os amplificadores de sinais. Segundo ele, alguns receptores portáteis, com antenas embutidas, também podem deixar de funcionar, pois não há como instalar um filtro entre a antena e o receptor.

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Reduzir a interferência das transmissões em LTE (banda larga móvel) sobre o sinal da radiodifusão digital terrestre, tratada como certa pelos radiodifusores e como possibilidade pelos grupos de telecomunicações, deve demandar algumas mudanças na norma dos receptores de TV digital.

Segundo o engenheiro da TV Globo e do grupo de estudos da SET sobre interferências, Luiz Fausto, que participou de painel no Congresso SET nesta quarta, 21, alterar as especificações dos receptores pode não ser suficiente.

"Há uma norma especificando os receptores digitais, mas não há homologação", disse o engenheiro. Além disso, outros componentes da recepção de TV não estão normatizados e também não contam com homologação, como antenas, amplificadores de sinais, cabos e filtros.

Estes componentes, vale explicar, terão papel decisivo no combate às interferências. Isso porque os receptores trabalham na faixa de 470 MHz - 806 MHz e contam com um controle de ganho de entrada que "fiscaliza" toda esta faixa.

Se houver um sinal forte de 700 MHz, por conta de uma torre de 4G LTE próxima, o receptor se ajustará para trabalhar com ganho baixo não só nas frequências próximas ao 700 MHz mas em toda a faixa, inclusive naqueles canais que estão longe desta frequência. Ou seja, a interferência se dará em todo o line-up de canais.

A norma atual, lembra Fausto, no mínimo deverá mudar para incluir nos receptores um filtro para a faixa do 4G . Com isso, destaca, haverá um legado de receptores que não estarão preparados para este tipo de interferência.

Segundo Marcus Manhães, do CPqD, que fez estudos de interferência encomendados pelo SindiTelebrasil, há formulas para garantir a convivência do sistema. "A solução nunca pode ser generalizada", disse. Manhães concorda que haverá um legado de receptores, mas minimiza o impacto disto na recepção de TV digital, lembrando que é possível adotar filtros na própria antena, o que deve resolver boa parte dos casos. Estes filtros terão de ser instalados nos sistemas de antenas coletivas dos prédios, por exemplo.

Mesmo assim, complementou Fausto, haverá um legado. As antenas com amplificação embutida, vendidas hoje por R$ 100 a R$ 200, deixarão de funcionar, uma vez que os filtros da faixa do LTE devem ser instalados entre as antenas e os amplificadores de sinais. Segundo ele, alguns receptores portáteis, com antenas embutidas, também podem deixar de funcionar, pois não há como instalar um filtro entre a antena e o receptor.

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