Propaganda da Claro considerada sexista gera polêmica na Costa Rica
A mensagem, publicada pela empresa no domingo à noite, dizia: 'O 'não' das mulheres vem do latim me peça um pouquinho mais'
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 18h12.
Uma mensagem publicada no Twitter pela subsidiária da Claro na Costa Rica provocou nesta segunda-feira críticas de cidadãos e autoridades que a consideraram machista e uma forma de discriminação contra as mulheres.
A mensagem, publicada pela empresa no domingo à noite, dizia: "O 'não' das mulheres vem do latim me peça um pouquinho mais".
A Defensoria da Costa Rica disse hoje em comunicado que as empresas de telecomunicações "em vez de reproduzir estereótipos e mensagens simbólicas de uma cultura machista, devem apostar em mudanças culturais que representem a dignidade das mulheres na tomada de decisões, na imposição de limites e na autodeterminação".
"Assim como a decisão das mulheres de um não significar mesmo um não, o que é um claro limite e não pode ser chamado de confusão. Legitimar um discurso social que discrimina as mulheres e que gera violência só encontra fundamento em um estereótipo sobre a fraqueza das mulheres e a superioridade dos outros", acrescentou.
A empresa se desculpou pela publicação, lamentou seu conteúdo e a apagou o tweet da rede social, mas recebeu várias queixas dos internautas, entre eles o ministro da Educação, Leonardo Garnier. Ele exigiu, também pelo Twitter, que a empresa "expulse de nossa linguagem esse tipo de frase".