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Pesquisadores japoneses desenvolvem técnica inovadora para integrar pele viva a robôs

Inovação aproxima máquinas da interação humana real

André Lopes

Repórter

Publicado em 28 de junho de 2024 às 15h40.

Última atualização em 28 de junho de 2024 às 15h42.

Pesquisadores do Instituto de Ciência Industrial da Universidade de Tóquio, liderados pelo professor Shoji Takeuchi, desenvolveram uma técnica que promete revolucionar a aparência e interação dos robôs. A equipe conseguiu ligar tecido de pele viva a superfícies robóticas mecânicas, criando um robô coberto por pele real que pode realizar expressões faciais.

Anteriormente, Takeuchi havia criado uma pele robótica usando colágeno e outros tecidos da derme humana, que conseguia dobrar sem se romper. Agora, inspirando-se na estrutura dos ligamentos da pele, a equipe criou "âncoras" de colágeno para fixar a pele em pequenos orifícios na superfície do robô. Este novo método promete uma fixação mais durável e contínua.

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A pesquisa foi publicada na revista Cell Reports Physical Science e destaca a importância das expressões faciais realistas para a comunicação e interação dos robôs com os humanos. Essas expressões são fundamentais em setores como saúde, onde empatia e conexão emocional são essenciais.

Pele viva: tecnologia vai deixar robôs (ainda mais) parecidos com humanos

A inovação japonesa se soma a outros esforços na área de robótica humanóide, como a Ameca, desenvolvida pela Engineered Arts Ltd. Ameca utiliza inteligência artificial para conversar e reagir às respostas humanas, destacando-se por seus olhos realistas que melhoram a percepção emocional.

No entanto, mesmo os robôs mais avançados ainda enfrentam o desafio do "vale da estranheza", onde tentativas de simular expressões humanas podem causar desconforto. A pesquisa de Takeuchi busca superar essas limitações, tornando as interações mais naturais e eficazes.

A próxima fase da pesquisa visa adicionar mais funções sensoriais à pele, tornando-a mais responsiva a estímulos ambientais. Entretanto, a manutenção da qualidade e consistência da pele viva ainda é um desafio. Para isso, a equipe está explorando a criação de um sistema vascular para nutrir a pele, aumentando sua durabilidade e longevidade.

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