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Para Sony, próximo sucesso será tirar mil fotos por segundo

A Sony desenvolveu uma posição dominante em sensores de imagem e agora se dedica a uma tecnologia acessível e capaz de processar 1.000 imagens por segundo

Smartphone Xperia Z3 Compact, da Sony (Reprodução/Sony.com.br)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 21h11.

A Sony Corp. desenvolveu uma posição dominante em sensores de imagem ajudando as pessoas a tirarem fotos de alta qualidade com smartphones .

Agora, a companhia está se dedicando a sensores que tiram fotos com uma velocidade pelo menos dez vezes maior do que o olho humano é capaz de captar.

A empresa está trabalhando com a Nissan Motor Co. e com Masatoshi Ishikawa, um professor da Universidade de Tóquio, para desenvolver uma tecnologia acessível e capaz de processar 1.000 imagens por segundo.

Com essa rapidez, ela possibilitaria aplicações completamente novas para os chips, que hoje são usados principalmente para tirar fotos com celulares e câmeras. Os sensores de alta velocidade poderiam ajudar veículos autônomos a evitar os perigos nas ruas ou possibilitar que robôs industriais acelerem o processo de fabricação.

A iniciativa é parte da campanha do presidente Kazuo Hirai para fazer a Sony ganhar importância como fornecedora de componentes, além de seus negócios mais evidentes de fabricação de produtos eletrônicos de consumo, videogames e filmes.

A empresa está quadruplicando o investimento em semicondutores neste ano, para 290 bilhões de ienes (US$ 2,4 bilhões), a fim de atender à demanda por sensores de clientes como a Apple Inc. e a Samsung Electronics Co.

“Até agora, a Sony esteve muito concentrada na criação de sensores de imagem que produzem fotos bonitas”, disse Shinichi Yoshimura, gerente da Sony responsável pela combinação entre hardware e software para novas tecnologias. “As imagens para o sensoriamento precisam de outro tipo de chip, e o desafio é transformar tecnologias que produzem fotos bonitas para que tenham novos usos”.

Demanda crescente

A Sony controlou cerca de 40 por cento do mercado de sensores de imagem, avaliado em US$ 8,7 bilhões, no ano passado, na comparação com os cerca de 16 por cento de sua concorrente mais próxima, estima a Techno System Research. A previsão é de que esse mercado irá crescer para aproximadamente US$ 12 bilhões até 2019 e a companhia espera que suas vendas deem um salto de 62 por cento, para 1,5 trilhão de ienes, em três anos.

“À medida que a demanda por smartphones amadurece, em algum momento outros concorrentes da Sony vão igualar essa tecnologia”, disse Yu Okazaki, analista em Tóquio da Nomura Securities Co. “É importante diversificar os usos para robôs, carros, etc.”.

Os sensores de imagem são semicondutores que transformam a luz em bits digitais, que podem então ser armazenados na memória de um smartphone ou serem usados para guiar um veículo sem motorista. Para produzi-los, são necessários grandes investimentos em fábricas, exatamente o que a Intel Corp. está fazendo para os processadores e a Samsung para os chips de memória.

Menor e mais barato

Já existem chips que capturam 1.000 imagens por segundo, mas devido ao custo e ao tamanho eles não são práticos para os usos do mercado de massas. Por exemplo, câmeras com esse tipo de velocidade custam de US$ 1.000 a US$ 100.000, de fornecedores como Sony e Vision Research Inc. O desafio é comprimir essa potência em um módulo suficientemente pequeno para caber no espelho retrovisor de um carro e suficientemente barato para aparelhos como os de vestir.

Os sensores tradicionais foram criados com elementos receptores de luz lado a lado com circuitos eletrônicos de metal, então tornar um chip mais rápido geralmente também significa torná-lo maior. A Sony desenvolveu um modo de empilhar o circuito e o sensor, aumentando a velocidade e a resolução em um aparelho menor.

Com essa abordagem, a empresa conseguiu obter 900 imagens por segundo com os protótipos. Uma câmera de alta gama comum capta cerca de 60 fotos por segundo”.

“Os sensores de imagem de alta velocidade são um setor de nicho, mas a Sony tem o poder para transformá-lo em uma tendência dominante”, disse Ishikawa. “E isso poderia ocorrer dentro de apenas dois anos”.

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A Sony Corp. desenvolveu uma posição dominante em sensores de imagem ajudando as pessoas a tirarem fotos de alta qualidade com smartphones .

Agora, a companhia está se dedicando a sensores que tiram fotos com uma velocidade pelo menos dez vezes maior do que o olho humano é capaz de captar.

A empresa está trabalhando com a Nissan Motor Co. e com Masatoshi Ishikawa, um professor da Universidade de Tóquio, para desenvolver uma tecnologia acessível e capaz de processar 1.000 imagens por segundo.

Com essa rapidez, ela possibilitaria aplicações completamente novas para os chips, que hoje são usados principalmente para tirar fotos com celulares e câmeras. Os sensores de alta velocidade poderiam ajudar veículos autônomos a evitar os perigos nas ruas ou possibilitar que robôs industriais acelerem o processo de fabricação.

A iniciativa é parte da campanha do presidente Kazuo Hirai para fazer a Sony ganhar importância como fornecedora de componentes, além de seus negócios mais evidentes de fabricação de produtos eletrônicos de consumo, videogames e filmes.

A empresa está quadruplicando o investimento em semicondutores neste ano, para 290 bilhões de ienes (US$ 2,4 bilhões), a fim de atender à demanda por sensores de clientes como a Apple Inc. e a Samsung Electronics Co.

“Até agora, a Sony esteve muito concentrada na criação de sensores de imagem que produzem fotos bonitas”, disse Shinichi Yoshimura, gerente da Sony responsável pela combinação entre hardware e software para novas tecnologias. “As imagens para o sensoriamento precisam de outro tipo de chip, e o desafio é transformar tecnologias que produzem fotos bonitas para que tenham novos usos”.

Demanda crescente

A Sony controlou cerca de 40 por cento do mercado de sensores de imagem, avaliado em US$ 8,7 bilhões, no ano passado, na comparação com os cerca de 16 por cento de sua concorrente mais próxima, estima a Techno System Research. A previsão é de que esse mercado irá crescer para aproximadamente US$ 12 bilhões até 2019 e a companhia espera que suas vendas deem um salto de 62 por cento, para 1,5 trilhão de ienes, em três anos.

“À medida que a demanda por smartphones amadurece, em algum momento outros concorrentes da Sony vão igualar essa tecnologia”, disse Yu Okazaki, analista em Tóquio da Nomura Securities Co. “É importante diversificar os usos para robôs, carros, etc.”.

Os sensores de imagem são semicondutores que transformam a luz em bits digitais, que podem então ser armazenados na memória de um smartphone ou serem usados para guiar um veículo sem motorista. Para produzi-los, são necessários grandes investimentos em fábricas, exatamente o que a Intel Corp. está fazendo para os processadores e a Samsung para os chips de memória.

Menor e mais barato

Já existem chips que capturam 1.000 imagens por segundo, mas devido ao custo e ao tamanho eles não são práticos para os usos do mercado de massas. Por exemplo, câmeras com esse tipo de velocidade custam de US$ 1.000 a US$ 100.000, de fornecedores como Sony e Vision Research Inc. O desafio é comprimir essa potência em um módulo suficientemente pequeno para caber no espelho retrovisor de um carro e suficientemente barato para aparelhos como os de vestir.

Os sensores tradicionais foram criados com elementos receptores de luz lado a lado com circuitos eletrônicos de metal, então tornar um chip mais rápido geralmente também significa torná-lo maior. A Sony desenvolveu um modo de empilhar o circuito e o sensor, aumentando a velocidade e a resolução em um aparelho menor.

Com essa abordagem, a empresa conseguiu obter 900 imagens por segundo com os protótipos. Uma câmera de alta gama comum capta cerca de 60 fotos por segundo”.

“Os sensores de imagem de alta velocidade são um setor de nicho, mas a Sony tem o poder para transformá-lo em uma tendência dominante”, disse Ishikawa. “E isso poderia ocorrer dentro de apenas dois anos”.

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