Para HP, recuperação pode ficar para 2004
O presidente da HP no Brasil acredita que a recuperação do mercado de tecnologia da informação pode ficar para 2004. "O ritmo do setor ainda está muito lento. Esperávamos uma recuperação para o segundo semestre deste ano, mas é possível que ela só venha no ano que vem", afirmou Carlos Ribeiro. "Há poucos projetos de […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h36.
O presidente da HP no Brasil acredita que a recuperação do mercado de tecnologia da informação pode ficar para 2004. "O ritmo do setor ainda está muito lento. Esperávamos uma recuperação para o segundo semestre deste ano, mas é possível que ela só venha no ano que vem", afirmou Carlos Ribeiro. "Há poucos projetos de grande porte, e as empresas não compram mais equipamentos para instalar aqui ou ali. Agora, há uma preocupação muito grande em obter retorno nos investimentos já realizados."
Ribeiro reuniu jornalistas para fazer o primeiro balanço desde a fusão com a Compaq, há um ano. Apesar do marasmo no mercado local, o saldo da fusão HP-Compaq é muito positivo, disse Ribeiro. A nova companhia já economizou 3,5 bilhões de dólares em todo o mundo (algumas dezenas de milhões no Brasil, disse Ribeiro). Os principais ganhos foram nas compras, com ganhos de escala e com melhorias na cadeia de suprimentos. Outra área que proporcionou economia foi a de tecnologia, na qual as despesas foram reduzidas em 24%.
Outro destaque apontado por Ribeiro foi a volta da empresa à lucratividade. No terceiro trimestre de 2002, a empresa registrou perdas relacionadas aos custos da fusão. Nos dois trimestres deste ano, porém, a HP voltou a apresentar resultados positivos (879 milhões e 643 milhões de dólares respectivamente).
Uma novidade da fusão foi o fim da prática da empresa de divulgar dados financeiros sobre a filial brasileira. Agora, como a grande maioria das gigantes do setor de tecnologia que têm capital aberto no exterior, a HP não vai mais divulgar números sobre sua performance no Brasil.
Ribeiro deu apenas alguns indicativos sobre a união HP-Compaq no país. Um deles foi a redução de 41% do espaço físico ocupado pelas empresas. Outros indicadores importantes, afirmou o presidente da empresa, foram a crescente nacionalização de alguns produtos, como as impressoras (60% dos componentes são nacionais) e dos PCs mais simples (30% de componentes nacionais). As vendas de PCs para o mercado corporativo cresceram 30% entre o fim de 2002 e o primeiro trimestre deste ano. Mas ainda há um longo caminho a percorrer para que o mercado nacional volte a ter os mesmos valores em dólares de 2000, o melhor ano. "Seria necessário que todas as previsões dos institutos de pesquisas se realizassem pelos próximos quatro anos, e isso é pouco provável", afirmou Ribeiro.