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Oi prepara mudanças estratégicas para próximos trimestres

Presidente da Oi, Zeinal Bava, anuncia mudanças na empresa de telefonia

Zeinal Bava (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 09h41.

RIO DE JANEIRO - O presidente da Oi, Zeinal Bava, disse nesta terça-feira (10) que a empresa de telecomunicações está preparando mudanças estratégicas para os próximos trimestres com o objetivo de recuperar o fluxo de caixa da companhia e melhorar o perfil dos investimentos.

De acordo com o executivo, a operadora vai melhorar sua estratégia de vendas, focar na convergência de serviços - ou seja, na venda de TV paga, banda larga e celular para o mesmo cliente - e mudar sua estrutura operacional.

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"Há desafios pela frente", disse Bava a jornalistas. "As empresas de telecomunicações tem que ter flexibilidade para investir no médio e longo prazo. O setor tem paybacks (retornos de investimentos) longos, precisamos investir, mas para isso precisamos corrigir o cash flow (fluxo de caixa)", disse Bava.

Segundo o executivo, a presença da Oi em 4,8 mil municípios brasileiros é uma vantagem competitiva da empresa, que pretende crescer mais na banda larga fixa e móvel e na TV paga. "Nosso modelo de negócios será a convergência de serviços", declarou.

De acordo com dados citados pelo executivo, a TV paga tem penetração de apenas 23 por cento no Brasil, enquanto a banda larga tem penetração de 30 por cento.

"Mudança da cultura da Oi é um dos nossos imperativos estratégicos", disse Bava, citando necessidade de aumento da eficiência operacional e de treinamento de técnicos.

Segundo ele, a correção da trajetória do fluxo de caixa será obtida com melhora na qualidade das vendas da operadora. "Não precisamos forçar o cliente pré-pago comprar um pós-pago. Precisamos garantir que os clientes tenham aquilo que querem."

Questionado sobre uma eventual fusão entre Oi e Portugal Telecom, Zeinal evitou falar sobre o assunto, afirmando que uma eventual operação seria assunto a ser tratado pelos controladores.

"Essa pergunta deve ser dirigida à PT (Portugal Telecom). Não consigo responder (...) Minha vinda para Oi não tem nada a ver com isso. Tem a ver com aliança industrial construída em 2010, com identificação clara de que existem sinergias", acrescentou.

Zeinal deixou o comando da Portugal Telecom, uma das principais acionistas da Oi, para assumir a presidência do grupo brasileiro em junho.

(Por Luciana Bruno)

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