(Ilya S. Savenok/Getty Images)
Repórter
Publicado em 4 de dezembro de 2023 às 14h22.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 08h36.
O Spotify, gigante mundial do streaming de música, anunciou nesta segunda-feira, 4, que reduzirá cerca de 17% de seu quadro de funcionários, uma medida para enfrentar a desaceleração econômica e buscar uma rentabilidade mais consistente. Daniel Ek, CEO da empresa, comunicou pela manhã que aproximadamente 1.500 dos mais de 9.000 funcionários globais da empresa serão desligados ao longo dos dias.
A decisão surge após a empresa sofrer queda de assinantes, um desafio enfrentado por empresas de streaming de vídeo como a Netflix. Em outubro, após implementar cortes de custos e reajustes de preços, a empresa reportou seu primeiro lucro trimestral em mais de um ano.
Ek reconheceu que a magnitude dos cortes pode ser surpreendente, dado o recente progresso nos lucros. A empresa optou por uma reestruturação mais ampla agora, ao invés de reduções menores nos próximos anos.
O CEO explicou que a decisão se baseou na necessidade de alinhar os custos operacionais aos objetivos financeiros da empresa. Os cortes financeiros também são reflexo do recuo de uma aposta cara em podcasts e audiolivros, que já havia levado à demissão de cerca de 800 funcionários no início de 2023.
Além disso, Ek destacou as novas realidades enfrentadas pela empresa, incluindo custos de capital mais elevados, ressaltando a necessidade de maior eficiência. O Spotify, segundo ele, se distanciou de seu princípio inicial de engenhosidade e criatividade.
A empresa também cancelou vários de seus programas originais de podcasts, incluindo séries de crimes reais. No Brasil, a reportagem de EXAME apurou que a parte dedicada a produções originais de podcasts já estava reduzindo o investimento em criações próprias, e que por fim, o time de executivos foi desligado.