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Netflix, o bicho-papão das emissoras de TV, chega ao Brasil

A Netflix promete consolidar no país o setor de vídeo sob demanda. Para especialistas, o impacto nas emissoras de TV será "monstruoso"

A programação de vídeo sob demanda da Netflix pode ser recebida por computadores, tablets, televisores, players de Blu-ray e consoles para jogos com acesso à internet (Divulgação)

A programação de vídeo sob demanda da Netflix pode ser recebida por computadores, tablets, televisores, players de Blu-ray e consoles para jogos com acesso à internet (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 16h36.

São Paulo -- O Netflix, serviço de aluguel de vídeo sob demanda, chegará ao Brasil. O serviço, que será anunciado na próxima segunda-feira à imprensa, oferece pacotes de vídeo sob demanda e está presente em computadores, videogames, tablets e celulares. Para especialistas, a chegada do Netflix ao Brasil ameaçará a supremacia das emissoras de TV no país.

O assunto foi debatido durante o Info@trends, evento de cultura digital promovido pela Editora Abril, que publica as revistas VEJA e INFO. Participaram da palestra Eduardo Tibiriça, sócio da BossaNovaFilms, Everton Constant, gerente de conteúdo para América Latina e Estados Unidos do portal Terra, e Gustavo Caetano, CEO da SambaTech. Ricardo Anderaos, diretor de mídias digitais da MTV Brasil, foi o mediador do debate.

Para os executivos, o Netflix é o maior case de distribuição de vídeos do mundo. Eles reconhecem que seu impacto no Brasil será monstruoso, principalmente porque o serviço vai competir com grandes emissoras de TV, que hoje dominam o mercado com bastante tranquilidade. Caetano, inclusive, mostrou-se otimista com o futuro lançamento: “O serviço chegará com boas ofertas e a concorrência no Brasil já começou a se movimentar.”

As expectativas positivas, contudo, não ocorrem à toa. O momento é propício para as alternativas on-line, tendo em vista que a velocidade de banda larga no país melhorou e as televisões passaram a ganhar recursos de conexão à internet.

Formato

Desde o início da popularização da internet especula-se sobre o formato ideal dos vídeos na rede. Segundo os especialistas, no entanto, a ideia de que filmes de curta duração são mais relevantes na web nem sempre condiz com a realidade. De acordo com um estudo da SambaTech, vídeos curtos podem até atrair mais audiência, mas são os filmes longos os assistidos na íntegra.

Muitas empresas já utilizam diferentes modelos de vídeos em anúncios na internet, mas não é só na publicidade que a rede está provocando significativas mudanças de paradigma. A produção audiovisual como um tudo tem sofrido grandes metamorfoses, como explica Tibiriça, cuja empresa está envolvida na produção do longa Rio, Te Amo.

Os diretores da obra, mais uma da série que enaltece a paixão dos cidadãos por suas metrópoles (Paris, Te Amo e Nova York, Te Amo), contam com o auxílio da comunidade na concepção dos curtas-metragens que compõem o filme. Para tanto, a produtora BossaNovaFilms desenvolveu uma plataforma on-line, através da qual os usuários podem postar suas declarações de amor ao Rio de Janeiro, verdadeiras fontes de inspiração para os cineastas envolvidos no projeto.

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