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Navegar não é preciso

Com o formato RSS, você não precisa ir mais aos sites para ler as notícias. Elas vêm até você

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h41.

O acesso quase irrestrito a jornais e revistas de todo o mundo foi visto por muitos executivos como a maior bênção da internet. A rede tornou possível ler, além das publicações brasileiras, também as americanas. Ou então as inglesas. Ou ainda as francesas, italianas, argentinas, espanholas, coreanas, e por aí afora. Parecia o grande milagre da era da informação. Não demorou muito até os leitores perceberem que o dia não ganharia horas adicionais para que eles digerissem esse dilúvio de notícias. O que era uma bênção virou tormento. Nos últimos meses, porém, veículos como Wall Street Journal, CNN, Le Monde e New York Times começaram a oferecer uma espécie de filtro para essa enxurrada. Eles passaram a publicar suas notícias na rede num formato conhecido pela sigla RSS -- que, curiosamente, adquiriu dois significados em inglês: Rich Site Summary, algo como "resumo enriquecido do site", e também Real Simple Syndication, cuja tradução é "licenciamento realmente simples". O padrão RSS não é uma criação recente. A novidade é que só agora as empresas acordaram para sua importância e passaram a oferecer o serviço em larga escala. No New York Times, um dos sites pioneiros no formato, o número de downloads diários de notícias publicadas em RSS cresceu de 500 000, há dois anos, para os atuais 7 milhões. "É nosso canal de distribuição que mais cresce", diz Martin Nisenholtz, vice-presidente de operações digitais da The New York Times Co.

O formato permite que as notícias se jam enviadas automaticamente, pouco depois da publicação, ao computador do leitor. Para lê-las, basta ter instalado um programa chamado agregador, capaz de juntar assuntos de várias fontes diferentes. De 15 em 15 minutos -- tempo que pode ser configurado à vontade do freguês --, o agregador baixa dos sites os resumos das notícias. Lido o resumo, o usuário pode clicar sobre o link daquilo que interessa e, em seguida, recebe a notícia completa do site da publicação. A interface da maioria dos agregadores é similar à dos leitores de e-mail, o que facilita bastante sua operação. As manchetes chegam sozinhas ao computador numa espécie de caixa postal, e o internauta só lê o que quiser. Em vez de perder tempo todo dia navegando de site em site, basta percorrer esse caminho uma única vez, selecionar os assuntos de interesse, que a máquina se encarrega do resto.

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A distribuição de notícias no formato RSS reproduz -- pelo menos parcialmente -- o modelo adotado por sistemas que tentavam, nos primórdios da internet, enviar notícias aos protetores de telas dos internautas. Conhecidos como webcasting, esses sistemas fracassaram na época, pois os usuários se sentiam constantemente invadidos pelo noticiário que saltava no monitor. Ao adotar uma interface similar à de uma caixa de correio -- só acessada quando o usuário quiser --, os agregadores tentam ser menos invasivos. Desta vez, o controle fica com o internauta. Para as empresas de mídia, o desafio é tentar conquistar a atenção deles também nessa caixa postal, onde notícias de empresas como CNN disputam espaço com mensagens de blogs ou sites de menor prestígio. É mais um enigma da audiência na era da internet.

Como funciona o RSS
Para ler as notícias no formato RSS, é preciso ter um programa
agregador. Ele varre os sites automaticamente em busca de notícias novas,
sem gastar o tempo do usuário
1 - Procure no site o botão XML ou RSS em geral ele está escondido no
pé da página
2 - Clique no botão para ver que assuntos o site oferece nesse formato3 - Copie o endereço das seções que interessam ao programa agregador.
E pronto
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