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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h38.
O mercado global de offshoring (terceirização para outros países, especialmente emergentes) de serviços de tecnologia de informação está entrando em uma etapa de ajuste. Essa é uma das conclusões de relatório encomendado pela Brasscom, associação que reúne as grandes companhias brasileiras de TI, à consultoria A.T. Kearney. O relatório foi divulgado nesta terça-feira (6/12) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com mais de um ano de atraso.
"A tendência de offshoring superou a fase de euforia e tende a se estabilizar", afirma o documento. Na avaliação da consultoria, as ofertas dos países tradicionais no ramo -- Índia e Irlanda, por exemplo -- já demonstram sinais de fadiga e abrem espaço para novos atores. "Os compradores de serviços offshore têm evoluído da mera busca de redução de custos para a melhoria do nível de serviço para seu cliente final." Em 2004, o mercado global de outsourcing de serviços de TI totalizou 607 bilhões de dólares e a perspectiva de crescimento é de 6% ao ano até 2008. Negócios específicos de offshoring representam cerca de 18 bilhões de dólares desse total, mas devem crescer 40% ao ano até 2008.
Para a A.T. Kearney, o Brasil pode se beneficiar dessa maior exigência dos clientes de offshoring capitalizando o tamanho e a sofisticação do mercado interno para diferenciar-se na concorrência internacional. A agenda estratégica para ampliar a presença ainda tímida neste mercado (leia reportagem de EXAME sobre isso) consiste em estimular a formação de empresas nacionais de grande porte, a formação de recursos humanos, a certificação de empresas e a construção de uma imagem positiva junto aos mercados-alvo e a formadores de opinião.
Os pontos fortes do Brasil frente aos concorrentes, segundo a A.T. Kearney
Alguns dos pontos fracos listados pela consultoria: