Mercado de telefonia celular dá sinais de desaceleração

O mercado de telefonia celular emitiu, em outubro, novos sinais de desaceleração. Embora o número de linhas tenha crescido 1,5% sobre setembro, para 81,239 milhões, a venda de aparelhos apresentou desaquecimento pelo segundo mês consecutivo. Os 1,242 milhões de linhas ativadas em outubro foi 17,55% menor que o de outubro de 2004. Em setembro, já havia sido registrada uma queda de 30,33% no volume de ativações, em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo relatório do Banco Espírito Santo Securities, essa desaceleração pode indicar que o mercado brasileiro se aproxima de seu limite de expansão. Em outubro, a taxa de penetração (número de celulares dividido pela população) ficou em 44%. Com as vendas de final de ano, espera-se que a taxa suba para 48%. Os especialistas acreditam, porém, que não haverá um espaço muito grande de crescimento no próximo ano, já que a taxa limite de penetração no Brasil seria de 50% a 55%.

Para o BES Securities, a aceleração das vendas dependerá da estratégia comercial das operadoras nos próximos meses. Os analistas prevêem uma competição acirrada entre as empresas. A Vivo, por exemplo, dá mostras de que optou por uma estratégia mais cautelosa, que privilegia a manutenção de sua base de clientes e menor ênfase na conquista de novos usuários, de acordo com o banco. Líder em número de clientes, com 35,6% do mercado em outubro, a Vivo conquistou apenas 8,5% das linhas ativadas no mês passado equivalente a 106 000.

Já a TIM mostrou-se mais agressiva na conquista de novos clientes e liderou o número de ativações de linhas: 402 000, ou 32,4% das vendas de outubro.