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Mosley processa Google por divulgação de imagens de orgia

Max Mosley, ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo, processa o Google no Reino Unido por divulgar imagens de orgia da qual participou


	Google: Mosley já foi indenizado pela divulgação das imagens em meios de comunicação
 (Loic Venance/AFP)

Google: Mosley já foi indenizado pela divulgação das imagens em meios de comunicação (Loic Venance/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 14h23.

Londres - O ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) Max Mosley abriu nesta terça-feira no Reino Unido um processo contra o Google Inc e o Google UK pela divulgação de imagens de uma orgia da qual participou em 2008 e que foi revelada pela imprensa na época.

Mosley já foi indenizado pela divulgação das imagens nos meios de comunicação britânicos.

O ex-presidente da FIA apresentou a causa contra a companhia no Supremo Tribunal de Londres por uso indevido de informação privada e violação da lei de proteção de dados.

Filho mais novo do líder fascista britânico Oswald Mosley, o ex-dirigente venceu em 2008 um processo por danos morais após a justiça considerar que a publicação pelo extinto jornal "News of the World" de imagens da orgia sadomasoquistas com prostitutas da qual participou violava sua privacidade.

O Supremo concordou com a versão de Mosley de que a orgia, gravada com uma câmara escondida, não tinha conotações nazistas.

Apesar da decisão da justiça, as imagens da festa seguiram disponíveis na internet, o que levou o ex-presidente da FIA a processar o Google, com sucesso, em países como França e Alemanha.

Com o processo aberto no Reino Unido, Mosley pretende obter uma ordem que obrigue a companhia americana a não difundir imagens do artigo original do jornal.

O ex-dirigente ganhou uma indenização de 60 mil libras pela divulgação da matéria.

"O Google deveria operar dentro da lei e não sob normas de sua própria elaboração. Não se pode permitir que ignore as decisões de nossos tribunais", afirmou Mosley.

Os advogados do ex-presidente da FIA afirmaram que antes de entrar na justiça houve "várias tentativas de persuadir o Google a resolver o assunto fora dos tribunais".

O caso de Mosley não se insere dentro da nova jurisprudência europeia, que obriga o Google a considerar os pedidos de usuários para retirar informações pessoais caducas.

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