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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h34.
A Microsoft parece estar mais flexível sobre a proteção que garante às informações técnicas de seus software. A empresa anunciou na tarde desta quinta-feira (21/02) a liberação de documentação de vários produtos - entre eles o Windows e o Office 2007 - e de Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs, em inglês) para que desenvolvedores possam criar sistemas compatíveis com os seus.
Estarão diponíveis publicamente informações sobre o Windows Vista, o Windows Server 2008, SQL Server 2008, Office 2007, Exchange Server 2007 e o Office SharePoint Server 2007 e as versões futuras desses programas. No total serão mais de 30 mil páginas de documentação técnica acessíveis na comunidade MSDN.
A Microsoft pretende ainda aproximar-se da comunidade de código aberto com a criação da Open Source Interoperability Initiative. O grupo terá a missão de promover a interoperabilidade entre as tecnologias proprietárias e abertas, além de fornecer recursos e instalações - como laboratórios e conteúdo técnico - para o desenvolvimento de software em esquema de cooperação. Hoje a companhia já mantém um relacionamento de colaboração com empresas entusiastas do software livre, como Novell, Xandros e Linspire.
"Essas amplas mudanças são feitas para favorecer a interoperabilidade dos nossos sistemas com outros produtos do mercado", disse Steve Ballmer, CEO da Microsoft, via conferência telefônica.
A gigante da tecnologia prometeu ainda não processar os desevolvedores de software livre que criarem sistemas a partir de suas informações liberadas. A estratégia supreendeu parte da indústria justamente porque contraria muitos dos princípios protecionistas geralmente aplicados pela empresa. Até então os protocolos e as APIs eram obtidas apenas sob o modelo de acordo de confidencialidade.
Para Adam Braunstein,diretor de pesquisas em computação da consultoria Robert Frances Group, a intenção da Microsoft é mostrar para o mercado que seus produtos continuam amplamente viáveis . "A empresa quer passar a certeza de que a interação de seus sistemas é possível também com os software de outros fornecedores. Caso não tivessem feito isso, poderiam estreitar cada vez mais a base de relacionamentos de seus usuários", comenta.
A estratégia apresentada nesta quinta-feira segue também as exigências impostas pela Corte Européia de Primeira Instância (CFI, na sigla em inglês), que determinou no ano passado que a Microsoft fornecesse informações de seus software para que outras empresas pudessem criar sistemas compatíveis com os seus.