México impede que cruzeiro atraque no país por suspeita de ebola
No navio, viaja uma funcionária do hospital de Dallas em que morreu uma vítima da doença
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 13h15.
O México negou nesta sexta-feira a permissão de entrada na ilha de Cozumel, no Caribe, para um cruzeiro no qual viaja uma mulher que trabalha no hospital de Dallas onde morreu um liberiano vítima de ebola.
O diretor da Administração Portuária Integral de Quintana Roo, Erce Barrón, afirmou que o cruzeiro Carnival Magic tinha sua chegada prevista ao píer Porta Maya, em Cozumel, mas, ao serem notificados da situação, a permissão para atracar foi negado.
"Vínhamos seguindo a situação do cruzeiro desde Belize, ondue emitiu-se o alerta sanitário e o que fizemos foi implementar imediatamente os protocolos estipulados pela Saúde Internacional para casos de doenças", detalhou.
Um porta-voz do departamento de Estado americano disse em Washington que a pessoa isolada no cruzeiro trabalha como técnica de laboratório no Hospital Presbiteriano de Dallas e pode ter entrado em contato com amostras de urina de Thomas Eric Duncan, o liberiano infectado por ebola que morreu nesse centro em 8 de outubro.
Segundo Barrón, "se trata de uma mulher que disse ser funcionária do Departamento de Saúde do Hospital Presbiteriano de Dallas e ela mesma pediu para ser isolada como medida preventiva, mesmo não apresentando nenhum sintoma da doença".
"O cruzeiro não entrou oficialmente no México, ninguém subiu a bordo e não houve nenhum tipo de contato com os passageiros ou a tripulação", esclareceu.
Barrón acrescentou que o médico da embarcação informou que a mulher está sendo observada "e até o momento não há nenhum indício da doença".
A própria empresa de cruzeiros informou hoje que não tinha recebido a permissão das autoridades mexicanas para atracar em Cozumel, motivo pelo qual decidiu que a embarcação partisse rumo a Galveston, no Texas, para garantir sua chegada a tempo no próximo domingo.
Em sua página de internet, a Carnival lamentou o contratempo causado a seus clientes por uma situação que, segundo a empresa, escapa completamente de seu controle, e reforçou que a funcionária de saúde "segue sem mostrar sintomas da doença" e não representa um risco para os passageiros ou a tripulação do cruzeiro.
No cruzeiro, que iniciou seu percurso pelo Caribe no último dia 12 de outubro saindo de Galveston, viajam 4.633 pessoas, das quais 3.652 são turistas.