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Maioria dos americanos rejeita ideia de chegar aos 100 anos

Washington - A maioria dos americanos rejeita a ideia de viver até os 100 anos ou além, por considerar que a longevidade esgotaria os recursos naturais e só seria...

Jogo (AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

Washington - A maioria dos americanos rejeita a ideia de viver até os 100 anos ou além, por considerar que a longevidade esgotaria os recursos naturais e só seria acessível aos mais ricos, revela uma consulta realizada pelo instituto de pesquisas Pew publicada esta terça-feira.

Perguntados se estariam preparados para se sujeitar a tratamentos para retardar o envelhecimento e viver 120 anos ou mais, 56% dos entrevistados responderam negativamente, mas 68% avaliaram que a maioria das outras pessoas estaria, sim, disposta a fazê-lo.

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Além disso, uma grande maioria considerou que um prolongamento tão radical da vida "esgotaria os recursos naturais do país e seria reservado a um pequeno número de abastados".

Esta pesquisa de opinião foi realizada em nível nacional entre 21 de março e 8 de abril, com uma amostra representativa de 2.012 adultos, com margem de erro de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos.

Consultados sobre o número de anos que desejariam viver, 69% dos entrevistados mencionaram a idade média de 90 anos, onze anos a mais do que a expectativa de vida média atual nos Estados Unidos, de 78,7 anos: 81 para as mulheres e 76,2 para os homens.

Apenas 9% disseram desejar viver mais de cem anos.

A redução da taxa de natalidade e o forte aumento da expectativa de vida fazem com que a população americana envelheça rapidamente. Segundo a agência de recenseamento, um americano em cinco terá pelo menos 65 anos até 2050 e pelo menos 400.000 serão centenários então.

Avanços importantes na medicina nas próximas décadas poderão permitir prolongar ainda mais a vida. Laboratórios particulares e universitários realizam atualmente pesquisas visando a encontrar os segredos da fonte da juventude, enquanto autoridades religiosas, especialistas em bioética e filósofos começam a refletir sobre as implicações sociais e morais de tal prolongamento da vida, acrescentou o instituto Pew, um organismo independente e respeitado de Washington.

A pesquisa publicada esta terça-feira faz pensar que os americanos não estão particularmente inquietos sobre o envelhecimento da população. Cerca de nove em dez pessoas avaliam ainda que ter mais pessoas idosas no país ou é "uma boa coisa para a sociedade" ou não "faz nenhuma diferença", enquanto 10% veem isto como algo negativo.

Além disso, a maior parte dos americanos parece otimista sobre o futuro: a maioria (81%) se diz satisfeita com a vida e considera que as coisas ou serão melhores daqui a dez anos (56%) ou não vão mudar (28%).

Enquanto 20% dos adultos, em média, se disseram preocupados em perder dinheiro durante sua aposentadoria antes de virem a falecer, mais de 57% disseram "não se preocupar muito".

O público americano mostrou-se igualmente otimista no que diz respeito às maiores despesas médicas nas próximas décadas: 70% disseram pensar que a maior parte dos cânceres será curável até 2050 e que membros artificiais funcionarão melhor do que os originais.

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