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Londres investiga organizações por uso de dados em campanhas políticas

Após escândalo envolvendo vazamento de dados dos usuários do Facebook, autoridades britânicas resolveram investigar o uso de dados em propagandas políticas

Autoridades investigam campanhas políticas, partidos, companhias de redes sociais e agentes comerciais (Thinkstock/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 5 de abril de 2018 às 14h23.

Londres - O Escritório do Comissário de Informação britânico (ICO), a agência que vela pela proteção de dados no Reino Unido , informou nesta quinta-feira que investiga 30 organizações, entre elas o Facebook , pelo uso de informações pessoais em campanhas políticas.

A diretora da agência, Elizabeth Denham, explicou que as investigações iniciais sobre o uso de dados pela Cambridge Analytica derivou "uma investigação mais amplia sobre como foram utilizadas as plataformas de redes sociais" na propaganda política.

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Entre as organizações sob foco estão "campanhas políticas, partidos, companhias de redes sociais e outros agentes comerciais", detalhou a comissária de Informação em comunicado.

"O Facebook esteve cooperando conosco e, embora esteja satisfeita com as mudanças que estão sendo feitas, ainda é cedo demais para dizer se são suficientes", analisou.

Denham obteve no final de março uma permissão judicial para inspecionar a sede londrina da Cambridge Analytica, a empresa que utilizou dados de milhões de usuários da rede social para influenciar na campanha eleitoral do presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump .

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, recusou comparecer ao Comitê de Assuntos Digitais, Cultura, Veículos de Comunicação e Esportes da Câmara dos Comuns britânica, que cobrava explicações sobre o vazamento de dados pessoais.

"Este é um momento importante para os direitos relacionados com a privacidade. É preciso ressaltar a transparência e a prestação de contas (por parte das organizações). Senão será impossível reconstruir a confiança no modo no qual os dados pessoais são obtidos, utilizados e compartilhados on-line", afirmou a diretora da agência.

Denham enfatizou que a investigação "pode resultar alguma ação legal" contra as organizações envolvidas. Além disso, a comissária antecipou que publicará uma série de recomendações para facilitar aos cidadãos o controle sobre dados pessoais na internet.

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