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Avaliações falsas contaminam sites de e-commerce

Uma operação realizada nos Estados Unidos multou 19 empresas especializadas na publicação de avaliações falsas de produtos. Total chega a 350 mil dólares

Compras na internet: avaliações e críticas deixadas por outros usuários podem ser falsas (Getty Images)

Gabriela Ruic

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h28.

São Paulo – Se você tem o costume de ler, e considerar, as críticas deixadas por outros usuários acerca de produtos e serviços ofertados em diferentes sites , é melhor tomar cuidado: você pode estar sendo enganado. Uma operação realizada por autoridades do estado de Nova York (Estados Unidos), divulgada pelo jornal The New York Times, multou 19 empresas especializadas na publicação de críticas positivas na internet , o chamado “astroturfing”.

“Quando você lê um outdoor, é claro que é um anúncio pago. Mas em sites como Yelp e Citysearch, você presume que está lendo críticas autênticas de consumidores, o que faz esta prática ser ainda mais enganadora”, disse Eric Schneiderman, Procurador-geral responsável pela operação.

A apuração começou há um ano e contou com a participação de vários investigadores que posaram para as empresas, autointituladas de “firmas de reputação”, como empreendedores cujos serviços e produtos estavam recebendo críticas ruins.

A revelação é que, na maioria das vezes, muitas empresas contam com equipes de “críticos” localizados em diferentes países do mundo e que se comprometem em deixar comentários positivos sobre coisas que nunca viram ou usaram. Em média, estas firmas pagam cerca de um dólar por “review”.


Outras apostam no recrutamento dos próprios consumidores, via uma espécie de suborno. Mas, em vez de oferecer dinheiro, as empresas davam aos usuários vales-presente caso deixassem suas impressões, positivas, é claro, sobre aquilo que adquiriu.

A investigação, continuou a reportagem, foi realizada em âmbito local, mas a expectativa é que tenha uma repercussão ampla. Ainda de acordo com o jornal, as autoridades conseguiram fazer com que estas 19 empresas que concordassem em cessar a prática e todas foram multadas. O montante a ser pago por elas chega aos 350 mil dólares.

Esta não é a primeira, e possivelmente não será a última, ação contra esta prática. No ano passado, uma fabricante de acessórios para o Kindle, e-reader da Amazon, foi acusada de subornar seus clientes a deixarem críticas positivas sobre seus produtos.

A boa notícia é que sites especializados em recomendações, como o Yelp, por exemplo, parecem estar se mexendo contra o astroturfing. O site incluiu uma alerta na página dos serviços que detectou terem tentado manipular as suas críticas. Além disso, lembrou o NYT, o Yelp já processou uma empresa que escreveu críticas elogiosas sobre seus próprios serviços.

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São Paulo – Se você tem o costume de ler, e considerar, as críticas deixadas por outros usuários acerca de produtos e serviços ofertados em diferentes sites , é melhor tomar cuidado: você pode estar sendo enganado. Uma operação realizada por autoridades do estado de Nova York (Estados Unidos), divulgada pelo jornal The New York Times, multou 19 empresas especializadas na publicação de críticas positivas na internet , o chamado “astroturfing”.

“Quando você lê um outdoor, é claro que é um anúncio pago. Mas em sites como Yelp e Citysearch, você presume que está lendo críticas autênticas de consumidores, o que faz esta prática ser ainda mais enganadora”, disse Eric Schneiderman, Procurador-geral responsável pela operação.

A apuração começou há um ano e contou com a participação de vários investigadores que posaram para as empresas, autointituladas de “firmas de reputação”, como empreendedores cujos serviços e produtos estavam recebendo críticas ruins.

A revelação é que, na maioria das vezes, muitas empresas contam com equipes de “críticos” localizados em diferentes países do mundo e que se comprometem em deixar comentários positivos sobre coisas que nunca viram ou usaram. Em média, estas firmas pagam cerca de um dólar por “review”.


Outras apostam no recrutamento dos próprios consumidores, via uma espécie de suborno. Mas, em vez de oferecer dinheiro, as empresas davam aos usuários vales-presente caso deixassem suas impressões, positivas, é claro, sobre aquilo que adquiriu.

A investigação, continuou a reportagem, foi realizada em âmbito local, mas a expectativa é que tenha uma repercussão ampla. Ainda de acordo com o jornal, as autoridades conseguiram fazer com que estas 19 empresas que concordassem em cessar a prática e todas foram multadas. O montante a ser pago por elas chega aos 350 mil dólares.

Esta não é a primeira, e possivelmente não será a última, ação contra esta prática. No ano passado, uma fabricante de acessórios para o Kindle, e-reader da Amazon, foi acusada de subornar seus clientes a deixarem críticas positivas sobre seus produtos.

A boa notícia é que sites especializados em recomendações, como o Yelp, por exemplo, parecem estar se mexendo contra o astroturfing. O site incluiu uma alerta na página dos serviços que detectou terem tentado manipular as suas críticas. Além disso, lembrou o NYT, o Yelp já processou uma empresa que escreveu críticas elogiosas sobre seus próprios serviços.

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