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Jornalismo americano recupera otimismo com novas fórmulas

BuzzFeed arrecadou US$ 46 milhões entre assinaturas de capital risco e planeja abrir escritórios em Mumbai, Cidade do México, Berlim e Tóquio

Jonah Peretti, do BuzzFeed: empreendedores como ele, que experimentou projetos virais e estudou como se expandem as ideias e a informação na internet, venceram ao entender o novo mundo digital (Brian Ach / Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 15h51.

Washington -  O jornalismo americano recuperou o otimismo graças à consolidação de atores digitais como BuzzFeed e Mashable e pela aposta de ricos empresários como Pierre Omidyar e Jeff Bezos.

"Há certamente um empurrão e energia nova", disse à agência Efe Amy Mitchell, diretora de pesquisa jornalística do Pew Center.

Para Mitchell, uma das tendências mais significativas do último ano é "o crescimento na área digital", graças ao "casamento" entre especialistas em tecnologia e jornalistas prestigiados.

Esse é o caso do BuzzFed, uma plataforma digital criticada em um primeiro momento por não oferecer, segundo os críticos, mais do que títulos atrativos financiados por publicidade, que já tem 170 empregados, entre eles prêmios Pulitzer como Mark Schoofs.

Mashable é outra dessas plataformas digitais que fundiu com sucesso tecnologia e jornalismo tradicional.

A diretora do Pew, que supervisionou o último relatório anual sobre a situação dos meios de comunicação, divulgado recentemente, destacou que o setor teve "sérios problemas" para se manter em dia com a tecnologia e entender como flui o conteúdo e os interesses da audiência na nova era digital.

Empreendedores como Jonah Peretti, fundador do BuzzFeed, que experimentou projetos virais e estudou como se expandem as ideias e a informação na internet, venceram ao entender esse novo mundo digital.

O BuzzFeed arrecadou US$ 46 milhões entre assinaturas de capital risco e planeja abrir escritórios em Mumbai, Cidade do México, Berlim e Tóquio.


Entre as tendências destacadas do último ano está, também, a aparição de empresários como Jeff Bezos, fundador da Amazon e Pierre Omidyar, fundador do eBay, dispostos a investir seu dinheiro em meios de comunicação.

Bezos comprou ano passado o Washington Post por US$ 250 milhões e Omidyar investirá esse mesmo valor no First Look Media, uma plataforma de "jornalismo independente" que conta com profissionais como Glenn Greenwald.

Greenwald, que atualmente vive no Brasil, alcançou notoriedade depois de o ex-analista da CIA Edward Snowden entregar a ele milhares de documentos confidenciais sobre a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA.

A ironia, explica Mitchell, é que apesar do otimismo e da energia que o desembarque de capital fresco injetou nos meios, a aposta "não representa o nascimento de um novo modelo sustentável no longo prazo".

"Isto não é necessariamente um modelo. É riqueza individual destinada a lançar e respaldar projetos jornalísticos, mas não o vemos necessariamente como um modelo que garanta receita em longo prazo", explicou a executiva do Centro Pew.

Mesmo assim, o estudo demonstrou que a crise do modelo de negócio jornalístico levou o setor a apostar em áreas novas como organização de eventos e conferências, que já representam, em média, 7% do faturamento da indústria.

Além disso, tem se observado uma crescente tendência a introduzir informação financiada por publicidade junto a informação estritamente jornalística.

"Uma das maiores áreas de experimentação em receita é o conteúdo digital publieditorial, frequentemente escrito por jornalistas do veículo", disse o relatório do Centro Pew.

Esse conteúdo, assinalou o estudo, "se apresenta às vezes em formas impossíveis de distinguir de uma história jornalística".

A fórmula, utilizada inicialmente por organizações como "Atlantic" e "Mashable", ganhou força em 2013.

Os jornais "New York Times", "Washington Post" e mais recentemente "Wall Street Journal" anunciaram que já destinam ou destinarão em breve parte de sua equipe para esse tipo de conteúdo pago, frequentemente como parte de uma nova divisão de "conteúdo personalizado".

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Washington -  O jornalismo americano recuperou o otimismo graças à consolidação de atores digitais como BuzzFeed e Mashable e pela aposta de ricos empresários como Pierre Omidyar e Jeff Bezos.

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Para Mitchell, uma das tendências mais significativas do último ano é "o crescimento na área digital", graças ao "casamento" entre especialistas em tecnologia e jornalistas prestigiados.

Esse é o caso do BuzzFed, uma plataforma digital criticada em um primeiro momento por não oferecer, segundo os críticos, mais do que títulos atrativos financiados por publicidade, que já tem 170 empregados, entre eles prêmios Pulitzer como Mark Schoofs.

Mashable é outra dessas plataformas digitais que fundiu com sucesso tecnologia e jornalismo tradicional.

A diretora do Pew, que supervisionou o último relatório anual sobre a situação dos meios de comunicação, divulgado recentemente, destacou que o setor teve "sérios problemas" para se manter em dia com a tecnologia e entender como flui o conteúdo e os interesses da audiência na nova era digital.

Empreendedores como Jonah Peretti, fundador do BuzzFeed, que experimentou projetos virais e estudou como se expandem as ideias e a informação na internet, venceram ao entender esse novo mundo digital.

O BuzzFeed arrecadou US$ 46 milhões entre assinaturas de capital risco e planeja abrir escritórios em Mumbai, Cidade do México, Berlim e Tóquio.


Entre as tendências destacadas do último ano está, também, a aparição de empresários como Jeff Bezos, fundador da Amazon e Pierre Omidyar, fundador do eBay, dispostos a investir seu dinheiro em meios de comunicação.

Bezos comprou ano passado o Washington Post por US$ 250 milhões e Omidyar investirá esse mesmo valor no First Look Media, uma plataforma de "jornalismo independente" que conta com profissionais como Glenn Greenwald.

Greenwald, que atualmente vive no Brasil, alcançou notoriedade depois de o ex-analista da CIA Edward Snowden entregar a ele milhares de documentos confidenciais sobre a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA.

A ironia, explica Mitchell, é que apesar do otimismo e da energia que o desembarque de capital fresco injetou nos meios, a aposta "não representa o nascimento de um novo modelo sustentável no longo prazo".

"Isto não é necessariamente um modelo. É riqueza individual destinada a lançar e respaldar projetos jornalísticos, mas não o vemos necessariamente como um modelo que garanta receita em longo prazo", explicou a executiva do Centro Pew.

Mesmo assim, o estudo demonstrou que a crise do modelo de negócio jornalístico levou o setor a apostar em áreas novas como organização de eventos e conferências, que já representam, em média, 7% do faturamento da indústria.

Além disso, tem se observado uma crescente tendência a introduzir informação financiada por publicidade junto a informação estritamente jornalística.

"Uma das maiores áreas de experimentação em receita é o conteúdo digital publieditorial, frequentemente escrito por jornalistas do veículo", disse o relatório do Centro Pew.

Esse conteúdo, assinalou o estudo, "se apresenta às vezes em formas impossíveis de distinguir de uma história jornalística".

A fórmula, utilizada inicialmente por organizações como "Atlantic" e "Mashable", ganhou força em 2013.

Os jornais "New York Times", "Washington Post" e mais recentemente "Wall Street Journal" anunciaram que já destinam ou destinarão em breve parte de sua equipe para esse tipo de conteúdo pago, frequentemente como parte de uma nova divisão de "conteúdo personalizado".

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