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Lojas de computador com jogos em rede multiplicam-se na cidade

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h42.

Quem mora em São Paulo pode se divertir freqüentando clubes, praticando esportes ou passeando em shoppings. De um tempo para cá, o paulistano ganhou uma nova opção de lazer: reunir os amigos e jogar videogame em lojas especializadas -- que, além de oferecer conforto e computadores velozes, servem de ponto de encontro relativamente seguro. Conhecidas como LAN Houses (o "LAN" vem do inglês local area network, ou redes locais), as casas de locação de computadores para jogos em rede e acesso à internet vêm se multiplicando na cidade principalmente sob o nome Monkey, a maior rede do país. A marca possui 12 lojas em São Paulo. Cada uma tem em média 1 700 clientes habituais.

O empresário Sunami Chun, de 26 anos, brasileiro de ascendência coreana, foi quem fundou a Monkey. Seu primeiro contato com uma LAN house ocorreu há quatro anos, numa viagem de estudos à terra de seus pais. "Em seis meses, só no bairro onde eu vivia em Seul foram inauguradas sete lojas", diz Sunami. "Fiquei impressionado com o crescimento do negócio." Naquela época havia 3 500 LAN houses na Coréia do Sul. Esse número já se multiplicou por seis.

Sunami voltou ao Brasil convencido a investir no negócio. Em novembro de 1998, abriu a primeira loja Monkey em São Paulo, na alameda Santos, nos Jardins. Em 2001 associou-se ao administrador Luiz Felipe Roratto e ao engenheiro Frank Onishi para iniciar a expansão da marca por meio de franquias. Em menos de um ano, os sócios espalharam 26 lojas pelo país, 20 só no estado de São Paulo. O plano é abrir mais quatro unidades ainda neste ano.

Segundo Onishi, o sucesso se deve principalmente à divulgação feita pelos próprios players -- como são chamados os que freqüentam as lojas. "A possibilidade de várias pessoas participarem do mesmo jogo de computador é o principal atrativo das LAN houses", diz Onishi. "Às vezes, 20 ou 30 computadores de uma loja estão com seus usuários jogando ao mesmo tempo." O estudante Arthur Passos, de 18 anos, é cliente da Monkey há dois anos. "Numa visita, costuma-se jogar de duas a três horas seguidas, gastando cerca de 10 reais", diz Passos. As lojas cobram pelas horas utilizadas nos computadores. Uma fonte adicional de receita é a venda de alimentos e bebidas. A rede Monkey está faturando cerca de 600 000 reais por mês.

A estimativa é que haja cerca de 300 LAN houses no Brasil. "A Monkey é a única que possui uma organização profissional", diz Raphael Rodrigues, dono da Extreme Manager, que fornece softwares para gerenciamento de LAN houses. "É um negócio ainda novo e há muitos proprietários de lojas que são simples aficionados de jogos, sem objetivos empresariais." De acordo com uma pesquisa encomendada pela Monkey, o Brasil tem potencial para 2 500 lojas, que poderiam movimentar 1,2 bilhão de reais por ano. Mal começaram a conquistar esse mercado, os sócios da Monkey já sonham em investir nos Estados Unidos. "Enquanto a Coréia do Sul tem mais de 20 000 LAN houses, nos Estados Unidos esse mercado ainda é insignificante", diz Onishi. "Esperamos aproveitar essa oportunidade."

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