In e out no webdesign
Algumas velhas regras ainda valem; outras caíram em desuso. Veja os mandamentos do bom design
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h24.
Engraçado notar como o ofício de concepção visual de um site evoluiu. Hoje se entende mais sobre o processo de interação entre o visitante e uma página. Também há mais recursos técnicos para designers e programadores. E a qualidade de conexão melhorou bastante - mesmo para dial-up -, permitindo que sejam construídas páginas com mais elementos gráficos.
Apesar disso, uma série de regras de design dos tempos do Netscape 2.0 continua a constar na bíblia dos webdesigners. Outras, claro, perderam a validade com o tempo. Uma nova geração de livros de webdesign lançada nos Estados Unidos nos últimos tempos põe uma luz sobre o assunto e derruba alguns tabus. Dont't Make Me Think - A Common Sense Aproach to Web Usability (Steve Krug), do final de 2000, explica como construir sites eficazes a partir do ponto de vista do visitante. E os visitantes, como diz o título, querem tudo mastigadinho. Taking your Talent to the Web (Jeffrey Zeldman), de maio de 2001, tem como alvo os profissionais que se iniciam na internet vindos de outras mídias (por exemplo, designers de jornais ou revistas). E Home Page Usability (Jakob Nielsen e Marie Tahir), lançado em novembro último, traz um raio X de 50 grandes sites americanos. Das lições dos três livros é possível tirar conclusões que poderiam fazer parte de um, digamos, Manual de Boa Conduta para o Webdesigner Consciente. Um manual que explicasse como construir páginas visualmente agradáveis e conceitualmente fáceis de entender. São dicas simples, às vezes, óbvias, mas nem sempre seguidas. Vejamos:
Animações - Elas já foram muito usadas. Depois começaram a odiá-las - principalmente os famigerados GIFs animados. Agora o conselho é: aprecie com moderação. "Nunca use animações em elementos críticos da página, como logotipo, slogan ou manchete principal", sugere Nielsen.
Código limpo - Este conceito caiu de moda, mas deveria voltar. Códigos HTML "sujos", com expressões desnecessárias ou redundantes, representam mais tempo de download. Se você pensar numa simples página, o ganho com a limpeza é pequeno - talvez um segundo. Mas, sob o ponto de vista do gasto de banda, esse número é expressivo. "Se o site perde 10 KB de banda com cada visitante, e um milhão de visitantes o acessam por semana, o desperdício de banda será de 10 GB por semana, e os visitantes poderão sentir declínio das taxas de resposta do servidor", diz Zeldman.
Frames - Não, não! Nunca!! Jamais!!! Esta é uma regra antiga, mas que continua atual.
Tamanho de tela - Os monitores de 640 por 480 pixels eram maioria no início da web. Hoje, o ideal é pensar em 770 pixels de largura - a área útil do browser para quem usa definição 800 por 600. Melhor ainda: "Otimizado para 770 pixels, mas com layout líquido que funcione em qualquer coisa de 620 a 1 024 pixels", defende Nielsen.
Texto - "Se livre de metade das palavras de cada página. Depois, se livre de metade das que sobraram", prega Krug. Um pouco radical. Mas às vezes funciona.
Engraçado notar como o ofício de concepção visual de um site evoluiu. Hoje se entende mais sobre o processo de interação entre o visitante e uma página. Também há mais recursos técnicos para designers e programadores. E a qualidade de conexão melhorou bastante - mesmo para dial-up -, permitindo que sejam construídas páginas com mais elementos gráficos.
Apesar disso, uma série de regras de design dos tempos do Netscape 2.0 continua a constar na bíblia dos webdesigners. Outras, claro, perderam a validade com o tempo. Uma nova geração de livros de webdesign lançada nos Estados Unidos nos últimos tempos põe uma luz sobre o assunto e derruba alguns tabus. Dont't Make Me Think - A Common Sense Aproach to Web Usability (Steve Krug), do final de 2000, explica como construir sites eficazes a partir do ponto de vista do visitante. E os visitantes, como diz o título, querem tudo mastigadinho. Taking your Talent to the Web (Jeffrey Zeldman), de maio de 2001, tem como alvo os profissionais que se iniciam na internet vindos de outras mídias (por exemplo, designers de jornais ou revistas). E Home Page Usability (Jakob Nielsen e Marie Tahir), lançado em novembro último, traz um raio X de 50 grandes sites americanos. Das lições dos três livros é possível tirar conclusões que poderiam fazer parte de um, digamos, Manual de Boa Conduta para o Webdesigner Consciente. Um manual que explicasse como construir páginas visualmente agradáveis e conceitualmente fáceis de entender. São dicas simples, às vezes, óbvias, mas nem sempre seguidas. Vejamos:
Animações - Elas já foram muito usadas. Depois começaram a odiá-las - principalmente os famigerados GIFs animados. Agora o conselho é: aprecie com moderação. "Nunca use animações em elementos críticos da página, como logotipo, slogan ou manchete principal", sugere Nielsen.
Código limpo - Este conceito caiu de moda, mas deveria voltar. Códigos HTML "sujos", com expressões desnecessárias ou redundantes, representam mais tempo de download. Se você pensar numa simples página, o ganho com a limpeza é pequeno - talvez um segundo. Mas, sob o ponto de vista do gasto de banda, esse número é expressivo. "Se o site perde 10 KB de banda com cada visitante, e um milhão de visitantes o acessam por semana, o desperdício de banda será de 10 GB por semana, e os visitantes poderão sentir declínio das taxas de resposta do servidor", diz Zeldman.
Frames - Não, não! Nunca!! Jamais!!! Esta é uma regra antiga, mas que continua atual.
Tamanho de tela - Os monitores de 640 por 480 pixels eram maioria no início da web. Hoje, o ideal é pensar em 770 pixels de largura - a área útil do browser para quem usa definição 800 por 600. Melhor ainda: "Otimizado para 770 pixels, mas com layout líquido que funcione em qualquer coisa de 620 a 1 024 pixels", defende Nielsen.
Texto - "Se livre de metade das palavras de cada página. Depois, se livre de metade das que sobraram", prega Krug. Um pouco radical. Mas às vezes funciona.