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Homens trapaceiam mais que mulheres em pesquisas científicas

Diferença na honestidade entre os gêneros foi identificada desde estágios iniciais da carreira até postos sênior

Estudo ainda não tem claros os motivos para essa diferença entre homens e mulheres (Oli Scarff/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2013 às 16h05.

São Paulo – Um estudo conduzido pela faculdade de medicina Albert Einstein da Yeshiva University, nos Estados Unidos , percebeu que o número de homens que fraudam resultados de pesquisas científicas é absoluta e proporcionalmente maior do que o de mulheres que trapaceiam nessa área. A investigação, publicada no site mBio, indica que as artimanhas são adotadas desde os níveis iniciais da carreira até estágios sênior.

Em um estudo anterior, foi descoberto que dois terços das retratações em pesquisas científicas divulgadas tinham origem em fraudes e o levantamento mais recente buscou entender o que está por trás desses trabalhos mal conduzidos. Ao todo, foram revisados 228 casos individuais de erros reportados pelo Office of Research Integrity (ORI, na sigla em inglês) entre 1994 e 2012. Desse total, 94% (215) envolviam fraudes, sendo que 65% deles eram cometidos por homens.

Apesar de a quantidade de trapaças variar entre estágios da carreira, o índice de homens que burlavam as regras foi superior em todas elas. Entre os membros de faculdade, foram 88% de pessoas do sexo masculino as responsáveis por erros dessa natureza. Já no pós-doutorado, o número deles era 69%, entre os estudantes, era 58% e, em outros tipos de pesquisadores, 43%.

Esses níveis mostram que, mesmo quando se alcançam certo nível de estabilidade, ainda há a necessidade de trapacear para conseguir prestígio. Os responsáveis pela descoberta não investigaram os motivos que os levam a cometerem mais irregularidades do que mulheres, mas uma das possíveis explicações está no fator biológico. Segundo o estudo, eles costumam assumir mais riscos e são mais competitivos e, talvez, isso os levasse a trapacear para se sobressair.

Mas essas ainda são apenas suposições. O próximo passo da equipe será discutir a fundo quais são as reais razões para tal diferença e, assim, tentar reduzir esse desvio com mais conscientização sobre ética.

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São Paulo – Um estudo conduzido pela faculdade de medicina Albert Einstein da Yeshiva University, nos Estados Unidos , percebeu que o número de homens que fraudam resultados de pesquisas científicas é absoluta e proporcionalmente maior do que o de mulheres que trapaceiam nessa área. A investigação, publicada no site mBio, indica que as artimanhas são adotadas desde os níveis iniciais da carreira até estágios sênior.

Em um estudo anterior, foi descoberto que dois terços das retratações em pesquisas científicas divulgadas tinham origem em fraudes e o levantamento mais recente buscou entender o que está por trás desses trabalhos mal conduzidos. Ao todo, foram revisados 228 casos individuais de erros reportados pelo Office of Research Integrity (ORI, na sigla em inglês) entre 1994 e 2012. Desse total, 94% (215) envolviam fraudes, sendo que 65% deles eram cometidos por homens.

Apesar de a quantidade de trapaças variar entre estágios da carreira, o índice de homens que burlavam as regras foi superior em todas elas. Entre os membros de faculdade, foram 88% de pessoas do sexo masculino as responsáveis por erros dessa natureza. Já no pós-doutorado, o número deles era 69%, entre os estudantes, era 58% e, em outros tipos de pesquisadores, 43%.

Esses níveis mostram que, mesmo quando se alcançam certo nível de estabilidade, ainda há a necessidade de trapacear para conseguir prestígio. Os responsáveis pela descoberta não investigaram os motivos que os levam a cometerem mais irregularidades do que mulheres, mas uma das possíveis explicações está no fator biológico. Segundo o estudo, eles costumam assumir mais riscos e são mais competitivos e, talvez, isso os levasse a trapacear para se sobressair.

Mas essas ainda são apenas suposições. O próximo passo da equipe será discutir a fundo quais são as reais razões para tal diferença e, assim, tentar reduzir esse desvio com mais conscientização sobre ética.

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