EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h38.
SÃO PAULO - Parece que o conflito no Oriente Médio também tomou corpo na internet, o que reforça a teoria - até agora basicamente americana - de que hackear sites pode, sim, ser reconhecido como um exercício de guerra internacional.
Uma pesquisa publicada pela agência de inteligência mi2g, e reproduzida pelo Vnunet.com, mostra que os sites israelenses representaram 67% das páginas invadidas por hackers nas duas últimas semanas no Oriente Médio. Pelos dados da agência, 10 dos 15 sites da região pichados nos últimos 14 dias terminam em domínios .il. Some-se a isto o fato de o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ter virado um dos assuntos preferidos para os criadores de vírus, na forma de caricatura.
Desde o início da segunda Intifada, 1 295 domínios do Oriente Médio já foram desfigurados. 548, ou 42% deles, eram sites de Israel, enquanto Turquia, Marrocos e Egito representaram, respectivamente, 13%, 12% e 12% dos sites atacados. Só em 2001, diz a mi2g, houve 413 pichações a sites .il, um número cerca de 220% maior do que o de 2000.
O site alemão Alldas.org, que publica os defacements de sites em todo o mundo, mostra que os principais grupos de hackers anti-israelenses são o Egyptian/Fighter e o WFD.