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"Google chinês" enfrenta a concorrência do verdadeiro Google

Líder no segmento de sites de busca na China, o Baidu.com apresenta perspectivas promissoras, mas sofre com intervenção do governo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h40.

É difícil imaginar que o Google, maior site de buscas do mundo, não seja líder em todos os países em que atua. Mas é justamente isso o que ocorre na China, um dos mercados mais cobiçados pelas empresas pontocom. Fundado há apenas cinco anos e meio, o Baidu.com (www.baidu.com) é a ferramenta de busca preferida dos chineses. Para a revista britânica The Economist, conquistar a liderança na China não será uma tarefa fácil para o Google.

O mercado, por exemplo, aposta alto no Baidu.com, que já foi apelidado de "Google chinês". Quando lançou suas ações na Nasdaq, no dia 5 de agosto, o Baidu viu a cotação de seus papéis se valorizar 354% em um dia a melhor estréia de uma empresa pontocom no pregão, desde o estouro da bolha da internet, em 2001. Ao fechar os negócios, naquele dia, sua ação valia 123 dólares, o que lhe rendeu um valor de mercado de 4 bilhões de dólares, mais do que qualquer outra empresa chinesa de internet e cerca de 3 000 vezes superior ao seu lucro em 2004.

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Segundo The Economist, o que sustenta o ânimo dos investidores são as expectativas de expansão da companhia. Estima-se que 187 milhões de chineses acessem o site em 2007, contra os 115 milhões de usuários previstos para este ano. Além disso, a companhia domina o ainda pequeno mercado publicitário online na China. O instituto de pesquisa Shangai iResearch estima que, no ano passado, a publicidade virtual movimentou 154 milhões de dólares no país. Somente o Baidu.com absorveu 45% desta quantia.

Embora as expectativas em relação à empresa sejam promissoras, o caminho do Baidu.com não está isento de problemas. Para enfrentar o Google, atualmente o segundo maior site de buscas da China, a empresa precisa vencer uma série de obstáculos. O principal é a interferência do governo chinês sobre o conteúdo veiculado, já que Pequim mantém um rígido controle sobre os serviços de internet e mídia em geral.

As severas sanções adotadas, recentemente, contra serviços de troca de mensagens via celular são um exemplo de como o governo pode atrapalhar as empresas. As punições derrubaram a cotação dos papéis de várias empresas chinesas cotadas nos Estados Unidos, incluindo o provedor de SMS Linktone e portais como o Sohu e o NetEase.

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