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Fukushima começa a pavimentar áreas para reduzir radiação

A operadora da acidentada usina de Fukushima começou a pavimentar áreas para reduzir radiação

TEPCO (REUTERS)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 06h30.

A operadora da acidentada usina de Fukushima, Tokyo Eletric Power (Tepco), começou a pavimentar áreas da central para reduzir os níveis de radiação em até dois terços, confirmou nesta quinta-feira à Agência Efe um porta-voz da empresa.

A zona que desemboca no mar entre os reatores 1 e 2 já começou a ser asfaltada, enquanto a Tepco pretende começar a fazer o mesmo com o espaço que há entre as unidades 2 e 3 nos próximos dias, precisou o porta-voz.

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A área entre os reatores 3 e 4 seria a última que entraria dentro desta operação e começaria a ser pavimentada em fevereiro.

Nas duas últimas áreas, ainda estão escombros deixados pelo tsunami que atingiu a central em 11 de março de 2011.

Além de retirar estes resíduos, a Tepco deve se desfazer das camadas de terra mais superficiais, onde foram depositadas substâncias radioativas, antes de começar a espalhar o cimento.

A terra que rodeia de maneira mais imediata os reatores fica por enquanto excluída do processo devido aos altos índices de radiação registrados.

Com este plano, a Tepco espera reduzir os volumes de radiação nestas zonas -onde é fácil que se registrem atualmente níveis perigosos de mais de 100 milisievert por hora- até em dois terços.

A empresa também considera que a pavimentação ajudará a reduzir o volume de chuva que é filtrado pelo subsolo, e desde ali, penetra nos porões dos edifícios dos reatores, onde é contaminada ao entrar em contato com água radioativa.

Este é um dos principais desafios que encaram os técnicos da Tepco, já que a acumulação de água nestes porões faz com que o líquido radioativo acabe transbordando e chegue ao oceano Pacífico.

Por isso, acredita-se que a central verte diariamente cerca de 300 toneladas de água contaminada ao mar.

As emissões radioativas, produto do acidente na usina de Fukushima, o pior desde o de Chernobyl em 1986, mantêm evacuadas cerca de 52 mil pessoas que viviam junto à central e afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca local.

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