Tecnologia

Fujifilm X-M1

O design retrô da X-M1 pode enganar, mas, por dentro, ela é definitivamente moderna. O aparelho tem boa ergonomia, com botões que permitem comandá-lo apenas com uma mão, facilitando na hora de tirar auto-retratos, por exemplo. As imagens capturadas com a câmera têm ótima qualidade, especialmente quanto às cores, e a resolução é de 16,3 MP. […]

cam

cam

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 18h59.

logo-infolab

O design retrô da X-M1 pode enganar, mas, por dentro, ela é definitivamente moderna. O aparelho tem boa ergonomia, com botões que permitem comandá-lo apenas com uma mão, facilitando na hora de tirar auto-retratos, por exemplo. As imagens capturadas com a câmera têm ótima qualidade, especialmente quanto às cores, e a resolução é de 16,3 MP.

Outro destaque é que a tela de LCD do dispositivo pode se inclinar até 90º (para cima ou para baixo), facilitando o momento de enquadrar diversos tipo de cenas.

Além disso, ela também possui conexão Wi-Fi, permitindo transferir as fotografias para dispostivos com sistema Android ou iOS por meio de um aplicativo.

A conexão também é aproveitada pela máquina para adicionar informações de localização às fotos obtidas com o GPS do smartphone. Vale ressaltar que não é necessário estar conectado a uma mesma rede sem fio, ocorre uma ligação direta entre câmera e celular. Ou seja, se você estiver na rua, pode fazer um backup das fotos para o seu dispositivo móvel.

Porém, a sincronia por Wi-Fi entre a câmera e outros aparelhos tem limitações. As imagens não são transferidas com a resolução máxima, o processo é um pouco demorado, e, infelizmente, não há um recurso de controle remoto para tirar fotos com o app.

Design

A X-M1 é a menor câmera da linha X já produzida pela Fujifilm, chega até mesmo a ser menor que a compacta Fuji X-20.  Entretanto, o seu corpo é feito de plástico e tem um acabamento menos refinado do que o aparelho topo de linha X-Pro 1. A câmera também peca pela ausência do visor ocular, sendo possível enquadrar cenas apenas pelo visor LCD.

Software

A câmera usa o mesmo sistema da linha X, com um toque extra para tornar a interface mais palatável. Agora, a mudança das opções de exposição é acompanhada por um carrossel virtual à maneira do sistema da Sony. O menus também adotaram abas, facilitando a localização em meio aos ramos do menu. Por outro lado, ela demora, às vezes, a aceitar comandos depois que uma foto é tirada.

Imagens

Com um sensor similar ao de modelos avançados, de 2/3 polegadas (8,8 x 6,6 mm), a câmera produz imagens com cores fiéis e pouco ruído. Como era de se esperar de um CMOS EXR, lida muito bem com cenas de ampla gama dinâmica (puxando um pouco para o ciano), exibindo um equilíbrio admirável em cenas de grande contraste, embora ainda seja possível notar problemas pontuais de superexposição.

As imagens conseguem exibir um bom grau de detalhe para um sensor de 12 MP, mas perde o foco facilmente do primeiro para o segundo plano. 

Transições sutis de tons, balanço de cenas com ampla gama dinâmica, fotos com ISO alto, imagens de exposição longa, basta pensar em um enquadramento e a X-M 1 produzirá um bom resultado. 

Entretanto, como de praxe, satura as cores (tanto os tons quentes quanto os frios). O nível de detalhe é claramente inferior ao das últimas compactas que passaram pelo INFOlab, como a Coolpix A, da Nikon, mas os angulos de visão são bons. 

Eliminar o filtro Moiré, presente em edições mais antigas das câmeras da Fujifilm, rendeu benefícios claros ao sistema óptico da X-M 1. Basta colocar as lentes de outra câmera APS-C, como a NEX-7, ao lado de uma objetiva da X-Pro1 para perceber quanto espaço pôde ser economizado.

Basicamente, a ausência do filtro permitiu a instalação do obturador a uma distância menor do sensor, o que encurta o trajeto da luz através do sistema e permite que lentes menores possam servir sensores maiores. A maior liberdade no design das lentes também permitiu aberturas maiores, característica observada nas lentes para X-mount que a Fujifilm lançou até agora.

Foto por: INFOlab

Foto por: INFOlab

Foto por: INFOlab

Foto por: INFOlab

Foto por: INFOlab

Foto por: INFOlab

Vídeo

A falta de um botão dedicado à gravação de vídeos e o fato de que a opção de filmagem foi marginalizada nos menus já indicam que este recurso é tido como, no máximo, um extra secundário. 

A X-Pro1 filma em 1080p a 24 FPS e tem a vantagem de filmar cerca de 29 minutos mais do que uma DSLR comum. A regulagem de abertura fica liberada, mas não a de ISO.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=ksfGFJ3dUT8%5D

Considerações Finais

A X-M1 é uma boa câmera para entusiastas de fotografia que preferem economizar um pouco em vez de adquirir uma DLSR com caráter mais profissional. O design retrô também é um atrativo interessante, especialmente para quem tem um estilo mais vintage.

Ela não é um aparelho indicado para uso profissional, diferentemente da X-Pro 1, também da Fujifilm, que oferece uma gama de recursos e ajustes maior que pode ser atraentes para esse público. Quem busca uma boa câmera com um estilo semelhante e, mas com melhor desempenho em vídeo pode optar pela Coolpix A, da Nikon.

Ficha técnica

Resolução:16,3 MP
Zoom: 3x (16 - 50 mm)
Vídeo:1080p
Visor:3 polegadas
Peso:531 g (326 g só o corpo)
Conectividade:Wi-Fi

Avaliação técnica

PrósBoa qualidade de imagem, suporte a RAW
ContrasInterface pode ser desafiadora para iniciantes; display traseiro de baixa resolução;
ConclusãoBoa câmera para profissionais e amantes de fotografia
Imagem:8,3
Objetiva:8,3
Visor:8,2
Recursos:8,2
Design:8,2
Média7.9
PreçoR$ 2 999

Mais de Tecnologia

Engenheiro brasileiro cria moto elétrica projetada para o Brasil e custando R$ 24.990

Meta enfrenta novos desafios regulatórios na União Europeia com serviço de assinatura

Pacientes se consultam com hologramas em hospital no Texas

Mais na Exame