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Fotossíntese artificial poderá abastecer cidades do futuro

Cientistas batem recorde de eficiência energética com "folha" artificial

Da teoria à prática: cientistas reproduzem em laboratório o processo mais eficiente de geração de energia da natureza (Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 17h29.

São Paulo - Em um passo revolucionário que pode levar a energia solar a novos patamares, cientistas da Universidade de Monash, em Melbourne, na Austrália, projetaram uma folha artificial que, potencialmente, conseguiria o alimentar o planeta no futuro.

Os pesquisadores da Escola de Química criaram um dispositivo inspirado no processo da fotossíntese, que transforma a luz solar em energia nas plantas, para gerar hidrogênio combustível .

Até aí, nada de novo — laboratórios em todo o mundo já vêm tentando imitar esse processo há algum tempo — não fosse o novo recorde estabelecido em termos de eficência energética.

Neste caso, a equipe desenvolveu um dispositivo capaz de produzir combustível de hidrogênio a 22% de eficiência energética, quebrando o recorde anterior de 18%.

O processo usa a luz solar para separar as moléculas da água com ajuda de materiais catalizadores (que aceleram uma reação), gerando moléculas de hidrogênio e oxigênio.

Depois, armazena os gases e os utiliza em uma célula-combustível, que funciona como uma bateria em que se consome o combustível e libera-se energia elétrica.

O sucesso no campo da fotossíntese artificial normalmente significa atingir uma eficiência energética acima de 10 por cento, que é mais ou menos a eficiência máxima da fotossíntese natural.

Embora não seja um ganho particularmente enorme, é notável. Para atingir esse resultado, os pesquisadores australianos usaram níquel como catalisador.

Isto é significativo porque os métodos anteriores exigiam metais preciosos, enquanto que o níquel é mais barato, abundante, e oferece uma grande estabilidade.

"A divisão eletroquímica da água poderia fornecer uma fonte de hidrogênio barata, limpa e renovável como combustível. Esta última descoberta é significativa e um passo importante para tornar esse processo realidade", disse o pesquisador Leone Spiccia em comunicado oficial.

"Se nós pudéssemos converter todas as estruturas feitas pelo homem sobre a superfície da Terra, cada estrada, casa e ponte em uma estrutura que fizesse fotossíntese melhor do que as plantas, poderíamos então retirar a pressão da natureza", disse Thomas Faunce, outro pesquisador australiano, ao site ABC.

Este passo importante no estudo da fotossíntese artificial foi publicado no periódico científico Energy & Environmental Science.

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São Paulo - Em um passo revolucionário que pode levar a energia solar a novos patamares, cientistas da Universidade de Monash, em Melbourne, na Austrália, projetaram uma folha artificial que, potencialmente, conseguiria o alimentar o planeta no futuro.

Os pesquisadores da Escola de Química criaram um dispositivo inspirado no processo da fotossíntese, que transforma a luz solar em energia nas plantas, para gerar hidrogênio combustível .

Até aí, nada de novo — laboratórios em todo o mundo já vêm tentando imitar esse processo há algum tempo — não fosse o novo recorde estabelecido em termos de eficência energética.

Neste caso, a equipe desenvolveu um dispositivo capaz de produzir combustível de hidrogênio a 22% de eficiência energética, quebrando o recorde anterior de 18%.

O processo usa a luz solar para separar as moléculas da água com ajuda de materiais catalizadores (que aceleram uma reação), gerando moléculas de hidrogênio e oxigênio.

Depois, armazena os gases e os utiliza em uma célula-combustível, que funciona como uma bateria em que se consome o combustível e libera-se energia elétrica.

O sucesso no campo da fotossíntese artificial normalmente significa atingir uma eficiência energética acima de 10 por cento, que é mais ou menos a eficiência máxima da fotossíntese natural.

Embora não seja um ganho particularmente enorme, é notável. Para atingir esse resultado, os pesquisadores australianos usaram níquel como catalisador.

Isto é significativo porque os métodos anteriores exigiam metais preciosos, enquanto que o níquel é mais barato, abundante, e oferece uma grande estabilidade.

"A divisão eletroquímica da água poderia fornecer uma fonte de hidrogênio barata, limpa e renovável como combustível. Esta última descoberta é significativa e um passo importante para tornar esse processo realidade", disse o pesquisador Leone Spiccia em comunicado oficial.

"Se nós pudéssemos converter todas as estruturas feitas pelo homem sobre a superfície da Terra, cada estrada, casa e ponte em uma estrutura que fizesse fotossíntese melhor do que as plantas, poderíamos então retirar a pressão da natureza", disse Thomas Faunce, outro pesquisador australiano, ao site ABC.

Este passo importante no estudo da fotossíntese artificial foi publicado no periódico científico Energy & Environmental Science.

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