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Faixa de 1,8 GHz é a mais popular no mundo para LTE, diz GSA

Ao todo, foram 42 operadoras utilizando o 1,8 GHz para a telefonia de quarta geração, seja como sistema de banda única, seja como implantação multibanda

As redes com essa faixa estão em 29 países (Kevork Djansezian/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 15h54.

São Paulo - Apesar da pressão do mercado norte-americano pela adoção da faixa de 700 MHz para o LTE, a frequência de 1,8 GHz está ganhando cada vez mais espaço em outros países. Tanto que a GSA, associação que congrega os fabricantes de handsets, confirmou nesta quarta-feira, 14, que a banda é a mais utilizada atualmente para a implementação de 4G no mundo, alcançando “mais de 37%” das 113 redes LTE lançadas comercialmente até o dia 2 de novembro. Isso pode até ser um bom sinal para o Brasil, que ainda se esforça para a implantação do 2,5 GHz e pode ver no outro espaço uma oportunidade. Hoje a faixa de 1,8 GHz é utilizada pelas redes 2G e 3G.

Ao todo, foram 42 operadoras a utilizar o 1,8 GHz para a telefonia de quarta geração, seja como sistema de banda única, seja como implantação multibanda. As redes com essa faixa estão em 29 países: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Austrália, Azerbaijão, Cingapura, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Emirados Árabes, Estônia, Eslováquia, Eslovênia, Filipinas, Finlândia, Hong Kong, Hungria, Ilhas Maurício, Japão, Letônia, Lituânia, Namíbia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Dominicana, República Tcheca e Tajiquistão.

A maioria dos casos internacionais é de uso do refarming para o espectro, antes devotado ao GSM (2G). Além disso, diz a GSA, o 1,8 GHz para LTE também é resultado de licenças de neutralidade tecnológica de acordo com a demanda de mais espectro para serviços de banda larga móvel. Alguns dos países aproveitam o legado da frequência também pela logística de implementar a rede 4G de maneira mais rápida do que se precisassem licitar novas faixas no espectro.

A entidade afirma que, dos 560 dispositivos LTE já anunciados até o momento no mundo, 130 deles (praticamente 25%) suportam a banda 1,8 GHz, incluindo o iPhone 5 e o iPad, ambos da Apple. Também conhecido como LTE 1800, a faixa corresponde à banda 3 do 3GPP para implementações FDD, que vai de 1.710 MHz a 1.785 MHz pareada com 1.805 MHz a 1.880 MHz.

A segunda frequência mais popular é a de 2,6 GHz, seguida pela faixa de 700 MHz. No entanto, apesar da metodologia da GSA considerar apenas a quantidade de redes, o maior mercado 4G é dos Estados Unidos, que implementa (e promove) o 700 MHz e onde se concentra o maior número de assinantes. Assim, apesar de ser apenas a terceira colocada no mercado, essa frequência é a mais influente no momento em termos de escala de equipamentos.


Mercado brasileiro

De qualquer forma, a popularidade do 1,8 GHz pode ser um bom sinal para a harmonização do LTE no Brasil. A Nextel, que já tem a faixa no Rio de Janeiro, pretende adquirir a Unicel para conseguir a banda em São Paulo também. Embora oficialmente o interesse seja para 3G, pode se tornar uma oportunidade para a operadora entrar no mercado LTE sem precisar esperar por um eventual leilão de 700 MHz.

Além disso, as quatro grandes teles brasileiras podem se valer das regras do jogo: como a Anatel só determina a licitação da frequência, não a tecnologia, elas poderiam também fazer o refarming para operar o 4G com 1,8 GHz, como revela a matéria de capa de TELETIME na edição de novembro. De todas elas, a Oi é a que mais tem condições de operar com esse espectro, já que conta com o legado GSM no Brasil inteiro.

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Ao todo, foram 42 operadoras a utilizar o 1,8 GHz para a telefonia de quarta geração, seja como sistema de banda única, seja como implantação multibanda. As redes com essa faixa estão em 29 países: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Austrália, Azerbaijão, Cingapura, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Emirados Árabes, Estônia, Eslováquia, Eslovênia, Filipinas, Finlândia, Hong Kong, Hungria, Ilhas Maurício, Japão, Letônia, Lituânia, Namíbia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Dominicana, República Tcheca e Tajiquistão.

A maioria dos casos internacionais é de uso do refarming para o espectro, antes devotado ao GSM (2G). Além disso, diz a GSA, o 1,8 GHz para LTE também é resultado de licenças de neutralidade tecnológica de acordo com a demanda de mais espectro para serviços de banda larga móvel. Alguns dos países aproveitam o legado da frequência também pela logística de implementar a rede 4G de maneira mais rápida do que se precisassem licitar novas faixas no espectro.

A entidade afirma que, dos 560 dispositivos LTE já anunciados até o momento no mundo, 130 deles (praticamente 25%) suportam a banda 1,8 GHz, incluindo o iPhone 5 e o iPad, ambos da Apple. Também conhecido como LTE 1800, a faixa corresponde à banda 3 do 3GPP para implementações FDD, que vai de 1.710 MHz a 1.785 MHz pareada com 1.805 MHz a 1.880 MHz.

A segunda frequência mais popular é a de 2,6 GHz, seguida pela faixa de 700 MHz. No entanto, apesar da metodologia da GSA considerar apenas a quantidade de redes, o maior mercado 4G é dos Estados Unidos, que implementa (e promove) o 700 MHz e onde se concentra o maior número de assinantes. Assim, apesar de ser apenas a terceira colocada no mercado, essa frequência é a mais influente no momento em termos de escala de equipamentos.


Mercado brasileiro

De qualquer forma, a popularidade do 1,8 GHz pode ser um bom sinal para a harmonização do LTE no Brasil. A Nextel, que já tem a faixa no Rio de Janeiro, pretende adquirir a Unicel para conseguir a banda em São Paulo também. Embora oficialmente o interesse seja para 3G, pode se tornar uma oportunidade para a operadora entrar no mercado LTE sem precisar esperar por um eventual leilão de 700 MHz.

Além disso, as quatro grandes teles brasileiras podem se valer das regras do jogo: como a Anatel só determina a licitação da frequência, não a tecnologia, elas poderiam também fazer o refarming para operar o 4G com 1,8 GHz, como revela a matéria de capa de TELETIME na edição de novembro. De todas elas, a Oi é a que mais tem condições de operar com esse espectro, já que conta com o legado GSM no Brasil inteiro.

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