Facebook e Twitter removem posts de Trump após invasão do Capitólio
Redes sociais estão sob forte escrutínio conforme presidente exalta manifestantes em suas contas
Thiago Lavado
Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 19h55.
Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 20h48.
O Twitter e o Facebook removeram posts e um vídeo do perfil do presidente americano Donald Trump nesta quarta-feira, 6, depois que partidários dele invadiram o Capitólio durante a ratificação de Joe Biden, sucessor eleito à presidência.
Dois dos tweets do presidente, publicados nesta tarde, já haviam sido impedidos de ser compartilhados, receber "likes" ou serem respondidos — apesar disso, as publicações foram mantidas no ar. O Twitter também incluiu tarjas em diversos posts de Trump, alegando que elas contém desinformação sobre o processo eleitoral.
No vídeo que foi removido por ambas as redes, Trump pede que os invasores voltem para casa, ao mesmo tempo em que volta a reiterar que as eleições foram fraudulentas.
O vice-presidente de Integridade do Facebook, Guy Rosen, anunciou que a plataforma removeu o vídeo em questão do ar. Ele afirmou que a decisão foi tomada porque a rede social acredita que o material aumenta o risco de violência. Horas depois o Twitter tomou a mesma decisão.
Durante a noite da eleição, o Twitter já havia agido para limitar a disseminação das publicações de Trump, tomando a mesma atitude contra uma série de tweets do presidente naquela noite. O resultado, de acordo com a plataforma, havia ajudado a conter a disseminação de falsidades.
O movimento da rede social acontece em um momento de tensão, depois que o presidente incitou seus apoiadores o prédio do Congresso foi invadido.
Diversos analistas políticos, jornalistas e políticos pedem que as contas do presidente seja suspensa para evitar a disseminação de conteúdo falso em meio ao caos político que passam os Estados Unidos.