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Facebook derruba páginas de envolvidos no caso do 'Piauigate'

O episódio foi revelado há um mês pela influenciadora Paula Holanda, no Twitter

Facebook (Dado Ruvic/Reuters)

Facebook (Dado Ruvic/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de setembro de 2018 às 10h52.

Última atualização em 29 de setembro de 2018 às 10h53.

São Paulo - O Facebook derrubou na sexta-feira, 29, de sua plataforma 11 páginas e 42 perfis que teriam ligação com a empresa de marketing digital Follow, investigada pelo Ministério Público por recrutar ativistas digitais para compartilhar notícias e postagens favoráveis a candidaturas petistas. A agência pertence ao deputado Miguel Corrêa Júnior, do PT de Minas Gerais. A página da Follow também foi removida.

Em seu comunicado, o Facebook informou que removeu as páginas e perfis porque a agência estaria recrutando pessoas no Brasil para distribuir conteúdo político que simula ser espontâneo. A rede social afirmou ainda que realizou uma investigação interna e que a rede associada à Follow foi derrubada por violar as políticas de autenticidade da rede social.

O episódio foi revelado há um mês pela influenciadora Paula Holanda, no Twitter. Ela disse que foi contactada pela agência Lajoy para fazer postagens políticas de esquerda, com a promessa de pagamento, mas que a orientação das postagens indicava apoio expresso a candidatos do PT, como a presidente do partido e candidata a deputado federal, Gleisi Hoffmann, e o governador do Piauí, Wellington Dias, que tenta a reeleição.

Ao questionar a orientação da agência, a influenciadora disse que se recusou a publicar e expôs o contato no Twitter. A postagem repercutiu, sendo associada às hashtags #piauigate, #cybermortadelas e #mensalinhodoTwitter.

Miguel Corrêa Junior, por meio de sua assessoria, admitiu que a página da Follow foi derrubada, mas que desconhece as outras páginas e perfis mencionados no comunicado do Facebook.

Ele afirmou ainda que a rede social não apresentou aos administradores razões para a derrubada da página da empresa. E negou que haja perfis ligados à Follow, "conforme dito pelo Ministério Público Federal".

A assessoria do deputado apresentou ainda duas sentenças a seu favor, de 10 e 11 de setembro, em que juízes eleitorais julgaram improcedente a acusação de propaganda irregular por parte da campanha de Wellington Dias por meio da Follow e da agência Lajoy por falta de provas de que houve pagamento para a realização das publicações. A ação foi ajuizada pela coligação adversária, do candidato Luciano Nunes Santos, do PSDB.

Em nota publicada no Twitter no dia 21 de setembro, Joyce Falete, dona da Lajoy, disse que sua empresa apenas prestou consultoria para indicação de influenciadores, e não de criação de conteúdo, e afirmou que foi vítima de "ludibriação".As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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