Facebook deixa de marcar notícias falsas contestadas nos EUA
Facebook anunciou que deixará de exibir bandeiras de contestada em notícias que os verificadores independentes marcaram como falsas
Victor Caputo
Publicado em 23 de dezembro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 23 de dezembro de 2017 às 08h00.
O Facebook anunciou que deixará de exibir bandeiras de “disputed” (contestada) em notícias que os verificadores independentes marcaram como falsas -- um sistema que começou no início deste ano para tentar reduzir a propagação de notícias falsas no site.
A rede social , em vez disso, mostrará artigos relacionados para tentar dar mais contexto à notícia possivelmente falsa. O Facebook está mudando sua resposta às “fake news” porque pesquisas acadêmicas mostraram que marcar uma notícia como falsa pode “fortalecer convicções profundamente arraigadas”, informou a empresa em comunicado.
O Facebook, que conta com mais de 2 bilhões de usuários mensais médios, tem recebido críticas, juntamente com o Twitter e o YouTube, do Google, por permitir a propagação de desinformação em suas plataformas, o que inclui o esforço de agentes russos para influenciar a eleição presidencial dos EUA, no ano passado. A empresa, entre outras respostas, alterou o algoritmo do feed de notícias para punir sites que usam retórica inflamada associada a notícias falsas e tentou recompensar conteúdos de maior qualidade.
O Facebook trabalhou com verificadores independentes, como PolitiFact e Snopes, para analisar e marcar individualmente notícias como “contestadas” -- um processo lento que só arranhou a superfície dos conteúdos falsos na rede, contaram pessoas do programa à Bloomberg. Aaron Sharockman, diretor-executivo da PolitiFact, disse que a parceria com a organização continuará, e que “o Facebook [só] está mudando a maneira de exibir o nosso trabalho para o usuário final”, disse ele por e-mail.