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Relatório indica os EUA como o país que mais pede dados ao Twitter

Los Angeles - O Twitter, através de um relatório de transparência divulgado nesta quarta-feira, explicou que o governo americano é o que mais realiza pedidos de informações...

Twitter (afp.com / Yasuyoshi Chiba)

Twitter (afp.com / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

Los Angeles - O Twitter, através de um relatório de transparência divulgado nesta quarta-feira, explicou que o governo americano é o que mais realiza pedidos de informações sobre seus usuários.

De acordo com o relatório da rede social, somente nos primeiros seis meses do ano, as autoridades federais americanas realizaram 902 pedidos sobre dados de 1.319 contas específicas. O número em questão, inclusive, evidência um significativo aumento em relação às solicitações efetuada no mesmo período do último ano (815 usuários).

Das 902 solicitações registradas, a maioria através de citações judiciais e ordens de registro, 67% obteve a publicação de informação determinada. Segundo a companhia, 78% dos pedidos de dados foram do governo americano, a maioria delas sobre direções de IP e e-mails.

No total, de acordo com o relatório, a empresa recebeu 1.157 solicitações por parte de governos de 25 países. Além dos EUA, os países que mais efetuaram pedidos de informações sobre usuários foram: Japão (87), Reino Unido (26), Brasil (22), Itália (22), França (18) e Espanha (13).

No entanto, o relatório do Twitter não traz mais detalhes sobre o teor dessas solicitações, que vão desde incumbências realizadas por escritórios de polícia até ordens feitas por funcionários de segurança nacional.

O relatório de transparência não inclui dados sobre pedidos realizados sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa), que justifica outro tipo de buscas de informação como as reveladas pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden.

Em junho, o Google apresentou um pedido para poder revelar estatísticas mais detalhadas, protegidas por segurança nacional, sobre sua relação com as atividades de espionagem do país.

A empresa invocava dessa forma a primeira emenda da Constituição, a qual defende a liberdade de expressão nos EUA, para argumentar que tem direito a ser específico sobre sua relação com a Agência de Segurança Nacional (NSA).

"Uma conversa importante foi iniciada para saber sobre até que ponto as companhias podem publicar informações sobre os pedidos de segurança nacional", escreveu Jeremy Kessel, gerente de assuntos legais de Twitter, em um blog da empresa.

"Achamos que é importante poder publicar os números desse tipo de pedidos, incluindo os da Fisa, de forma separada. Infelizmente, ainda não podemos fazer isso", acrescentou.

O debate em torno deste tema surgiu depois de Snowden ter revelado aos jornais "The Washington Post" e "The Guardian" que a NSA reúne dados diretamente dos servidores da Microsoft, Yahoo!, Google, Facebook, PalTalk, AOL, Skype, YouTube e Apple através de um programa para espionar contatos de suspeitos de terrorismo no exterior.

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