Este jovem tem um jeito de remover o lixo plástico do oceano
Quando apresentou seu projeto ao mundo, há dois anos, Boyan Slat foi considerado um sonhador. Agora, sua invenção está prestes a virar realidade
Vanessa Barbosa
Publicado em 10 de junho de 2015 às 18h06.
São Paulo - Em 2012, o jovem Boyan Slat, então com 19 anos, apresentou ao mundo seu projeto ambicioso para limpar as centenas de toneladas de lixo plástico flutuante que poluem nossos oceanos .
O estudante holandês de Engenharia Aeroespacial afirmava que, em apenas cinco anos, seu projeto poderia limpar o Pacific Garbage Patch, um lixão do tamanho do estado de Texas formado por milhões de toneladas de plásticos e outros resíduos marinhos que vagam nas correntes do Oceano Pacífico.
Em vez de usar redes e embarcações para remover o plástico da água, o plano de Slat, chamado de Ocean Cleanup Array , consiste basicamente em uma barreira flutuante que aproveita o movimento natural das correntes oceânicas para bloquear o lixo encontrado no caminho.
Não foram poucas as críticas que o rapaz recebeu na ocasião — a maior parte colocava em xeque a viabilidade do projeto.
Desde então, sua invenção foi submetida a um estudo de viabilidade. Uma equipe formada por de dezenas de cientistas e engenheiros voluntários ajudou o jovem a montar um protótipo, que obteve financimento coletivo.
Após meses de testes, eles constataram que o projeto seria, sim, um meio viável de remover pelo menos metade do lixo plástico do Pacific Garbage Patch, mas no dobro do tempo, em 10 anos.
No segundo trimestre de 2016, um projeto-piloto de dois anos vai testar a invenção na costa de Tsushima, uma ilha situada entre o Japão e a Coréia do Sul.
Todos os anos, a ilha recebe cerca de 30.000 metros cúbicos de lixo, que se acumulam em suas margens, eventualmente escoando para o mar. Atualmente, a remoção desse lixo é feita manualmente, ao custo de US$ 5 milhões.
Com a parceria, o governo local espera poupar nos gastos e usar o plástico recolhido como uma fonte de energia alternativa.
Sem dúvida, trata-se de uma investida ambiciosa. Ainda que se mostre eficaz como pretende, é importante lembrar que a remoção da sujeira é apenas uma solução de fim de vida para a poluição plástica. E a ONG criada por Slat sabe bem disso:
"A limpeza do oceano pode reduzir significativamente a concentração de plásticos e lixo, mas é apenas uma parte da solução. Para ser mais preciso, é de suma importância também 'fechar a torneira', evitando que mais plásticos entrem nos oceanos", diz o site do projeto.
Por ano, nada menos do que 8 milhões de toneladas de plástico s vão parar nos oceanos, resultando em uma variedade de problemas de saúde, econômicos e ambientais.
Veja no vídeo abaixo um pouco do trabalho do Oceano Cleanup Arrey:
https://youtube.com/watch?v=6IjaZ2g-21E
São Paulo - Em 2012, o jovem Boyan Slat, então com 19 anos, apresentou ao mundo seu projeto ambicioso para limpar as centenas de toneladas de lixo plástico flutuante que poluem nossos oceanos .
O estudante holandês de Engenharia Aeroespacial afirmava que, em apenas cinco anos, seu projeto poderia limpar o Pacific Garbage Patch, um lixão do tamanho do estado de Texas formado por milhões de toneladas de plásticos e outros resíduos marinhos que vagam nas correntes do Oceano Pacífico.
Em vez de usar redes e embarcações para remover o plástico da água, o plano de Slat, chamado de Ocean Cleanup Array , consiste basicamente em uma barreira flutuante que aproveita o movimento natural das correntes oceânicas para bloquear o lixo encontrado no caminho.
Não foram poucas as críticas que o rapaz recebeu na ocasião — a maior parte colocava em xeque a viabilidade do projeto.
Desde então, sua invenção foi submetida a um estudo de viabilidade. Uma equipe formada por de dezenas de cientistas e engenheiros voluntários ajudou o jovem a montar um protótipo, que obteve financimento coletivo.
Após meses de testes, eles constataram que o projeto seria, sim, um meio viável de remover pelo menos metade do lixo plástico do Pacific Garbage Patch, mas no dobro do tempo, em 10 anos.
No segundo trimestre de 2016, um projeto-piloto de dois anos vai testar a invenção na costa de Tsushima, uma ilha situada entre o Japão e a Coréia do Sul.
Todos os anos, a ilha recebe cerca de 30.000 metros cúbicos de lixo, que se acumulam em suas margens, eventualmente escoando para o mar. Atualmente, a remoção desse lixo é feita manualmente, ao custo de US$ 5 milhões.
Com a parceria, o governo local espera poupar nos gastos e usar o plástico recolhido como uma fonte de energia alternativa.
Sem dúvida, trata-se de uma investida ambiciosa. Ainda que se mostre eficaz como pretende, é importante lembrar que a remoção da sujeira é apenas uma solução de fim de vida para a poluição plástica. E a ONG criada por Slat sabe bem disso:
"A limpeza do oceano pode reduzir significativamente a concentração de plásticos e lixo, mas é apenas uma parte da solução. Para ser mais preciso, é de suma importância também 'fechar a torneira', evitando que mais plásticos entrem nos oceanos", diz o site do projeto.
Por ano, nada menos do que 8 milhões de toneladas de plástico s vão parar nos oceanos, resultando em uma variedade de problemas de saúde, econômicos e ambientais.
Veja no vídeo abaixo um pouco do trabalho do Oceano Cleanup Arrey: