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Elop, candidato a CEO da Microsoft, se afastaria do Windows

Candidato a substituir Steve Ballmer consideraria romper uma tradição de disponibilizar o Office para uma ampla variedade de smartphones e tablets

Stephen Elop: executivo é o principal candidato a substituir Steve Ballmer como presidente da Microsoft  (Simon Dawson/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 15h47.

San Francisco/Seattle - Stephen Elop, candidato a substituir Steve Ballmer como presidente da Microsoft Corp. , consideraria romper uma tradição de décadas de estratégia da companhia voltada para disponibilizar os populares programas de Office, como Word, Excel e PowerPoint, para uma ampla variedade de smartphones e tablets, incluindo aqueles fabricados pela Apple Inc. e pela Google Inc., afirmaram três fontes do setor.

Elop provavelmente se afastaria da estratégia da Microsoft de empregar aqueles programas para impulsionar a demanda do seu sistema operativo Windows em computadores pessoais e dispositivos móveis, afirmaram as fontes, que solicitaram o anonimato porque o executivo de 49 anos não finalizou nem discutiu publicamente sua análise da companhia. A maioria do software da Microsoft está atrelada ao Windows.

A Microsoft tornou-se o maior fornecedor de software do mundo sob a gestão de Ballmer e do cofundador Bill Gates convertendo os computadores com Windows que operam as aplicações do Office em um padrão da indústria. Quando a companhia sediada em Redmond, Washington, não conseguiu um produto de sucesso com celulares e tablets com Windows, o software perdeu seu papel no mercado de celulares. A negativa da companhia em adaptar o Office para a Apple e dispositivos baseados no sistema operativo Android da Google não ajudou a aumentar o uso do software.

Enquanto formula alguns esboços estratégicos amplos para a Microsoft, Elop aproveita seus anos como presidente da Nokia Oyj, onde ele demonstrou não estar atrelado ao software feito pela companhia quando fechou o software de celulares da companhia, o Symbian, em 2010, época em que dominava o mercado. Elop também se apoiará na sua experiência prévia como executivo da Microsoft, onde como líder da divisão do Office levou a companhia a melhorar e a encontrar novas formas de vender o software, afirmaram as fontes.

Busca de presidente

A Microsoft, que está mudando seu foco do software para o hardware e os serviços, está procurando um novo presidente depois que Ballmer declarou em agosto que se aposentaria dentro de um ano. Elop e o presidente da Ford Motor Co., Alan Mulally, figuram entre os candidatos externos no processo de entrevista junto com três internos – o chefe de estratégia, Tony Bates; o chefe de software empresarial, Satya Nadella; e o diretor operacional, Kevin Turner – segundo fontes do setor.

A hipótese de Elop é que a Microsoft poderia gerar mais valor maximizando as vendas do Office em vez de usá-lo para impulsionar as vendas de dispositivos com Windows, afirmaram duas fontes do setor. A empresa de pesquisas de mercado Gartner Inc. projeta que os envios de computadores caiam 11 por cento neste ano.

Maior foco

Além de enfatizar o Office, Elop estaria preparado para vender ou fechar negócios importantes no intuito de aguçar o foco da companhia, afirmaram as fontes. Ele consideraria pôr fim aos custosos esforços da Microsoft para concorrer com a Google com seu motor de busca, o Bing, e vender empresas saudáveis como o console de videogames Xbox caso ele determine que não são essenciais para a estratégia da companhia, acrescentaram as fontes.

Na Nokia, Elop eliminou 40 mil empregos e reduziu os custos operativos em 50 por cento. Embora a Microsoft não enfrente os mesmos problemas de custos, provavelmente Elop determinaria reduções de empregos e ajustes para criar equipes menores, afirmaram as fontes.

O trabalho de Elop na Nokia também indica seu foco no que um cliente pode fazer com um produto em lugar do seu sistema operativo, afirmaram as fontes. Em 2011, Elop descontinuou o Symbian, que dominava, mas estaba perdendo rapidamente participação para o iOS, da Apple, e o Android, da Google. Em vez disso, ele criou uma parceria com a Microsoft para desenvolver telefones baseados no software Windows Phone, afirmando que a iniciativa oferecia à Nokia a melhor chance para criar dispositivos únicos.

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San Francisco/Seattle - Stephen Elop, candidato a substituir Steve Ballmer como presidente da Microsoft Corp. , consideraria romper uma tradição de décadas de estratégia da companhia voltada para disponibilizar os populares programas de Office, como Word, Excel e PowerPoint, para uma ampla variedade de smartphones e tablets, incluindo aqueles fabricados pela Apple Inc. e pela Google Inc., afirmaram três fontes do setor.

Elop provavelmente se afastaria da estratégia da Microsoft de empregar aqueles programas para impulsionar a demanda do seu sistema operativo Windows em computadores pessoais e dispositivos móveis, afirmaram as fontes, que solicitaram o anonimato porque o executivo de 49 anos não finalizou nem discutiu publicamente sua análise da companhia. A maioria do software da Microsoft está atrelada ao Windows.

A Microsoft tornou-se o maior fornecedor de software do mundo sob a gestão de Ballmer e do cofundador Bill Gates convertendo os computadores com Windows que operam as aplicações do Office em um padrão da indústria. Quando a companhia sediada em Redmond, Washington, não conseguiu um produto de sucesso com celulares e tablets com Windows, o software perdeu seu papel no mercado de celulares. A negativa da companhia em adaptar o Office para a Apple e dispositivos baseados no sistema operativo Android da Google não ajudou a aumentar o uso do software.

Enquanto formula alguns esboços estratégicos amplos para a Microsoft, Elop aproveita seus anos como presidente da Nokia Oyj, onde ele demonstrou não estar atrelado ao software feito pela companhia quando fechou o software de celulares da companhia, o Symbian, em 2010, época em que dominava o mercado. Elop também se apoiará na sua experiência prévia como executivo da Microsoft, onde como líder da divisão do Office levou a companhia a melhorar e a encontrar novas formas de vender o software, afirmaram as fontes.

Busca de presidente

A Microsoft, que está mudando seu foco do software para o hardware e os serviços, está procurando um novo presidente depois que Ballmer declarou em agosto que se aposentaria dentro de um ano. Elop e o presidente da Ford Motor Co., Alan Mulally, figuram entre os candidatos externos no processo de entrevista junto com três internos – o chefe de estratégia, Tony Bates; o chefe de software empresarial, Satya Nadella; e o diretor operacional, Kevin Turner – segundo fontes do setor.

A hipótese de Elop é que a Microsoft poderia gerar mais valor maximizando as vendas do Office em vez de usá-lo para impulsionar as vendas de dispositivos com Windows, afirmaram duas fontes do setor. A empresa de pesquisas de mercado Gartner Inc. projeta que os envios de computadores caiam 11 por cento neste ano.

Maior foco

Além de enfatizar o Office, Elop estaria preparado para vender ou fechar negócios importantes no intuito de aguçar o foco da companhia, afirmaram as fontes. Ele consideraria pôr fim aos custosos esforços da Microsoft para concorrer com a Google com seu motor de busca, o Bing, e vender empresas saudáveis como o console de videogames Xbox caso ele determine que não são essenciais para a estratégia da companhia, acrescentaram as fontes.

Na Nokia, Elop eliminou 40 mil empregos e reduziu os custos operativos em 50 por cento. Embora a Microsoft não enfrente os mesmos problemas de custos, provavelmente Elop determinaria reduções de empregos e ajustes para criar equipes menores, afirmaram as fontes.

O trabalho de Elop na Nokia também indica seu foco no que um cliente pode fazer com um produto em lugar do seu sistema operativo, afirmaram as fontes. Em 2011, Elop descontinuou o Symbian, que dominava, mas estaba perdendo rapidamente participação para o iOS, da Apple, e o Android, da Google. Em vez disso, ele criou uma parceria com a Microsoft para desenvolver telefones baseados no software Windows Phone, afirmando que a iniciativa oferecia à Nokia a melhor chance para criar dispositivos únicos.

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