Dois contra a Microsoft
Depois de comprar a Macromedia, a Adobe tem agora de enfrentar a ira da gigante do software
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h45.
O mundo da tecnologia foi sacudido, em abril, com o anúncio da compra da Macromedia pela Adobe por 3,4 bilhões de dólares. A Adobe é a número 1 em editoração eletrônica, tem vendas anuais superiores a 1,6 bilhão de dólares. Seu programa mais popular é o Acrobat, que permite apresentar na tela do computador documentos bem-acabados, como se fossem páginas de revistas, livros ou jornais. A Macromedia, líder em software para a construção de sites e animações na internet, faturou 436 milhões de dólares em 2004 e ficou famosa com o Flash, o programa mais usado para ver animações na web. Reunidas, as duas formam o segundo maior fabricante mundial de programas para computadores pessoais. O problema é a distância do líder -- na dianteira do setor, reina absoluta a Microsoft, com vendas quase 20 vezes superiores às das duas juntas.
Com a aquisição da Macromedia, a Adobe pretende somar os recursos do Acrobat aos do Flash para criar e distribuir pela internet conteúdos informativos e animados não apenas para computadores pessoais, mas também para aparelhos sem fio, como celulares ou computadores de mão. "Cada vez mais os consumidores exigem a integração de softwares para criar, gerenciar e oferecer conteúdo e aplicações", disse Bruce Chizen, principal executivo da Adobe, no anúncio do negócio. Para ele, a união das capacidades das duas empresas vai gerar uma nova "plataforma tecnológica que defina o setor". As duas companhias já foram grandes rivais. Agora, o domínio tende a ser tão absoluto no mercado de ilustração e manipulação de fotos que a aquisição pode ser questionada pelos órgãos reguladores americanos. Mas o principal incômodo deve ser mesmo a Microsoft. Uma semana após o anúncio da aquisição, o próprio Bill Gates demonstrou o Metro, programa similar ao Acrobat, que deverá vir embutido na próxima versão do Windows, com lançamento previsto para 2006.
O mundo da tecnologia foi sacudido, em abril, com o anúncio da compra da Macromedia pela Adobe por 3,4 bilhões de dólares. A Adobe é a número 1 em editoração eletrônica, tem vendas anuais superiores a 1,6 bilhão de dólares. Seu programa mais popular é o Acrobat, que permite apresentar na tela do computador documentos bem-acabados, como se fossem páginas de revistas, livros ou jornais. A Macromedia, líder em software para a construção de sites e animações na internet, faturou 436 milhões de dólares em 2004 e ficou famosa com o Flash, o programa mais usado para ver animações na web. Reunidas, as duas formam o segundo maior fabricante mundial de programas para computadores pessoais. O problema é a distância do líder -- na dianteira do setor, reina absoluta a Microsoft, com vendas quase 20 vezes superiores às das duas juntas.
Com a aquisição da Macromedia, a Adobe pretende somar os recursos do Acrobat aos do Flash para criar e distribuir pela internet conteúdos informativos e animados não apenas para computadores pessoais, mas também para aparelhos sem fio, como celulares ou computadores de mão. "Cada vez mais os consumidores exigem a integração de softwares para criar, gerenciar e oferecer conteúdo e aplicações", disse Bruce Chizen, principal executivo da Adobe, no anúncio do negócio. Para ele, a união das capacidades das duas empresas vai gerar uma nova "plataforma tecnológica que defina o setor". As duas companhias já foram grandes rivais. Agora, o domínio tende a ser tão absoluto no mercado de ilustração e manipulação de fotos que a aquisição pode ser questionada pelos órgãos reguladores americanos. Mas o principal incômodo deve ser mesmo a Microsoft. Uma semana após o anúncio da aquisição, o próprio Bill Gates demonstrou o Metro, programa similar ao Acrobat, que deverá vir embutido na próxima versão do Windows, com lançamento previsto para 2006.
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