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Dezenas de estados americanos processam a Meta por prejudicar a saúde de menores

Representantes das unidades federativas acusam a empresa de ocultar a maneira como suas plataformas exploram e manipulam os consumidores mais vulneráveis

Meta: big tech é responsável pelas plataformas Facebook e Instagram (Agence France-Presse/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 24 de outubro de 2023 às 15h45.

Última atualização em 24 de outubro de 2023 às 16h03.

Mais de 40 estados americanos entraram com um processo contra o gigante tecnológico Meta , no qual acusam as redes sociais Facebook e Instagram de prejudicarem "a saúde física e mental dos jovens", de acordo com o documento apresentado nesta terça-feira, 24, perante um tribunal na Califórnia.

"A Meta explorou tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair (...) e, finalmente, prender jovens e adolescentes com o objetivo de obter lucros", afirmam os procuradores-gerais dos estados que entraram com a ação — a qual a AFP obteve acesso.

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Os estados, governados tanto por democratas como por republicanos, acrescentam que a empresa californiana "ocultou a maneira como essas plataformas exploram e manipulam seus consumidores mais vulneráveis" e "negligenciou o dano considerável que essas plataformas causaram à saúde mental e física dos jovens de nosso país".

A ação legal é o resultado de investigações iniciadas em 2021 sobre os métodos das duas plataformas, considerados "viciantes" pelas autoridades dos EUA.

Os procuradores-gerais decidiram fazer algo sobre, depois que uma ex-funcionária do Facebook denunciou as práticas da empresa que trabalhava.

A engenheira da computação Frances Haugen vazou mais de 20 mil páginas de documentos internos e denunciou para parlamentos de vários países que a rede social priorizou seus lucros acima da segurança dos usuários.

A ação, movida na terça-feira, também acusa a Meta de violar a Lei de Privacidade Infantil.

Os estados pedem aos tribunais o encerramento de suas práticas e exigem o pagamento de multas.

A Meta não respondeu ao contato feito pela AFP.

Os procuradores-gerais dos EUA frequentemente confrontam os gigantes da tecnologia, especialmente em questões de monopólio ou proteção de informações pessoais.

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